Ricardo Stuckert / PR / ABr

O ex-presidente do Brasil, Lula da Silva
O Partido dos Trabalhadores marcou para este sábado uma missa em honra de Marisa Letícia, que faria 68 anos. O ex-presidente informou a Polícia Federal de que se entregaria depois, em São Paulo.
O juiz federal Sergio Moro tinha definido sexta-feira como o dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se deveria apresentar à Polícia Federal e começar a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Mas a estratégia de Lula da Silva alterou o guião traçado pelo magistrado, estendendo para o fim de semana o processo sobre a situação do político, explica a BBC.
Após um dia marcado pela reunião de uma multidão em volta do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, onde Lula estava abrigado desde a noite de quinta-feira, a Polícia Federal anunciou que não cumpriria o mandado de prisão contra o ex-presidente, enquanto fontes ligadas a Lula sugeriam que este se poderia entregar às autoridades nos próximos dias.
Nomes do PT e de partidos aliados e líderes de movimentos sociais passaram o dia a entreter milhares de militantes com discursos inflamados em defesa do líder, em frente ao prédio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
De acordo com o Estadão, a defesa de Lula da Silva informou que o ex-presidente pretende entregar-se às autoridades este sábado, logo após uma missa que será realizada em memória da sua mulher que faleceu, Marisa Letícia, e que faria 68 anos.
As informações foram dadas à publicação por fontes que acompanham de perto as negociações entre Lula e a Polícia Federal para a rendição do ex-presidente. Ainda não há uma decisão sobre como será o procedimento a ser adotado.
Lula da Silva tinha até as 17:00 locais – 21:00 de Portugal – de sexta-feira, para se entregar na sequência de um mandado de prisão do juiz federal Sérgio Moro no processo do triplex do Guarujá, no qual foi condenado a 12 anos e um mês de prisão.
O político encontra-se barricado no Sindicato dos Metalurgicos. Recorde-se, que pela lei brasileira, a Polícia Federal não não pode prender ninguém depois das 18:00.
Lula exigiu não passar por práticas vexatórias, como ser algemado, uma possibilidade que o próprio Moro já tinha excluído na sua ordem de prisão.
Na prática e distante dos olhos da militância, Lula admitia se submeter à ordem judicial e ir para a cadeia em breve. No entanto, deixava claro que a sua força política e popular o credenciavam a entregar-se nos seus termos, e não nos estabelecidos pelo juiz Sergio Moro.
As negociações entraram pela noite e acabaram suspensas em condições amistosas. Pessoas envolvidas na conversa pelo lado de Lula afirmaram à BBC Brasil que a tendência é que o ex-presidente se entregue em São Paulo, este sábado.
Fontes ligadas à Polícia Federal também confirmaram reservadamente os termos e o andamento das conversas. Ainda assim, a definição da data e do local da prisão foram adiados para sábado. Até o fim do diálogo, a Polícia Federal garante que não vai prender Lula.
Eu diria que, observando o desenrolar dos acontecimentos nos últimos tempos no Brasil, houve um plano da direita, que inclui os aspetos políticos, como a destituição de Dilma, judiciários como a condenação e prisão de Lula, para impedir o avanço da democracia e a distribuição da riqueza de uma maneira mais justa por todas as camadas da sociedade brasileira. É um retrocesso e, certamente, não durará muito. O progresso, o desenvolvimento e o avanço da justiça social são fatores incontornáveis à medida que a civilização progride e a democracia se vai exercitando através do voto. Era bom é que se fizesse de um modo o mais pacífico e natural possível.
Recordo que os consulados Lula e Dilminha
se celibrizaram pela corrupção, violência, enfim como é característica desse tipo de “democracias”.
Lula na frigideira!.