A TVI avançou que Luís Filipe Vieira vai ser acusado formalmente pelo Ministério Público de recebimento indevido de vantagem na Operação Lex.
De acordo com a estação televisiva, que avançou a notícia nesta quinta-feira, a procuradora responsável por este processo, Maria José Morgado, concluiu que Vieira se aproveitou da sua posição de presidente do Benfica para oferecer cargos remunerados ao juiz Rui Rangel em troca de favores na justiça para a sua vida pessoal.
A investigação está terminada e a moldura penal no caso da acusação ao líder das águias vai até aos cinco anos de prisão, de acordo com a TVI.
Em comunicado, a defesa do presidente das águas já reagiu à notícia, negando as acusações de que é alvo. Trata-se de “uma acusação profundamente injusta, pois assenta em factos que não são verdadeiros e em intenções que o Sr. Luís Filipe Vieira nunca teve. E se os factos não são verdadeiros, as intenções são fruto de imaginação”.
O presidente do Benfica, pode ler-se na mesma nota citada pelo jornal Observador, “não subornou nem corrompeu ninguém, e muito menos determinou que se atribuíssem vantagens indevidas a quem quer que fosse”.
Vieira “não deu nem pagou nada, nem um cêntimo, ao Sr. Desembargador Rui Rangel (que aliás nunca teve, nem podia ter, nada a ver com o processo fiscal em causa, pois não é Juiz Desembargador de Tribunais Fiscais)” e que não “lhe prometeu fosse o que fosse”.
“Só numa mente profundamente criativa se pode conjecturar que o facto de o Sr. Desembargador Rui Rangel ter recebido convites para assistir a alguns jogos de futebol em que jogava o SLB tem algo a ver com o assunto da dívida do Estado ao Sr. Luís Filipe Vieira e com a ilegal demora da sentença fiscal, a ordenar a devolução do dinheiro que lhe estava a ser indevidamente retido (….) Convidar prestigiados benfiquistas para jogos do SLB é o que o Clube sempre fez”, acrescentou ainda o comunicado.
Já Rangel será entretanto chamado por Maria José Morgado para ser confrontado com os últimos índios do processo. A Operação Lex investiga suspeitas de corrupção/recebimento indevido de vantagem, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal.
ZAP // Lusa