Livre tem que passar “de médio a grande” e estar pronto para governar

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André Kosters / Lusa

O fundador do partido Livre, Rui Tavares

O deputado do Livre e recandidato à direção, Rui Tavares, defendeu hoje que o partido tem que passar “de médio a grande” e estar “pronto para governar” num próximo ciclo, deixando ‘farpas’ a vários adversários políticos.

“As legislativas podem ocorrer antes das autárquicas ou depois. O que é que o Livre tem que ter? Tem que estar preparado para governar“, considerou Rui Tavares, no decorrer dos trabalhos do XIV Congresso do Livre.

“Ou seja, tem que passar de ser um partido que é de projeto e de proposta, que sempre fomos, mas de implementação, de poder e de governação. E isso é um trabalho que a nos dá uma responsabilidade muito maior”, considerou.

O deputado e fundador chegou ao congresso do Livre, que decorre até domingo na Costa de Caparica, em Almada, já depois de os trabalhos da manhã, nos quais não esteve presente.

O que não faz falta a nenhuma pessoa de norte a sul do país e ilhas, o que não tapa um buraco na rua, é discutir se passado 900 anos de História se o chefe de Estado é traidor à pátria, como se tivesse entregado as Selvagens às Canárias”, defendeu, numa crítica ao líder do Chega, André Ventura, que tem acusado o Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, de “traição à pátria”.

Nas vésperas do 25 de Abril, durante um jantar com jornalistas estrangeiros, Marcelo Rebelo de Sousa assumiu a culpa de Portugal pelos crimes cometidos durante o comércio transatlântico de escravos e a era colonial, tendo sugerido que o país tem de “pagar os custos” da escravatura e dos crimes coloniais.

Rui Tavares defendeu que o partido tem que estar preparado para “uma mudança de ciclo governativo” e, “além de ter passado de partido pequeno para médio, agora tem que passar de partido médio para partido grande”, algo que considerou possível.

O deputado acusou também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de estar numa “campanha permanente” e dizendo que atualmente “não há governo”.

Num outro momento das suas declarações, Tavares deixou ainda ‘farpas’ aos cabeças de lista às eleições europeias de junho da Aliança Democrática (AD), Sebastião Bugalho, e do Chega, António Tânger Corrêa.

“Não temos como há aí listas em que o cabeça de lista é putinista e depois o número dois anda a dizer que o que ele disse de antissemita não é antissemita“, disse Rui Tavares.

“Ou gente que aprendeu a falar sobre a Europa há poucos dias ou que já disse que a União Europeia era a maior inimiga da União Europeia e que agora é o melhor amigo da Europa. Ou gente que nunca teve muita certeza se era mais nacionalista ou menos nacionalista na sua família política”, atirou.

ZAP // Lusa

6 Comments

  1. O Livre . Um partido em que o seu dirigente já foi Bloquista. Mas tal partido seria para os portugueses a desgraça total. Este sujeito é um alimentador de ilusões para que as pessoas acreditem nas suas balelas. Fala de forma pouco compreensível , mais para dentro do que para fora, abafada pela pouca sonoridade das suas cordas vocais .
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