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Pikachu, Escroto, Bin Laden. Que nomes de bebés são proibidos em Portugal e no mundo?

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Se tivesse intenções de chamar Rihanna à sua filha, ou Jimmy ao seu filho, ou Nirvana… saiba que são proibidos em Portugal. Mas há países onde as regras e histórias são ainda mais bizarras.

O governo japonês lançou esta semana uma lei que impede os recém-pais de atribuir um nome “aberrante” às crianças.

Não há tradução para a palavra “kirakira”, que de forma literal significa “brilhante”, mas nomes “kirakira” são aqueles que são pronunciados de forma bizarra para os falantes de japonês.

São eles — agora proibidos — nomes como “Pikachu”, “Pudim”, ou “Nike”, alusivos a marcas, por exemplo. Segundo avança a CNN, serão proibidos a partir de segunda feira.

Não faltaram críticas nas redes sociais, com pessoas a argumentar em prol dos dois lados. “Não são filhos da nação, certo? São filhos dos seus pais”, escrevem uns. “Por favor, parem de restringir os nomes kirakira. Ver o nome de uma criança revela a inteligência dos seus pais, o que é útil”, ironizam outros.

Mas um pouco por todo o mundo já existem vários nomes proibidos — Portugal não é exceção.

Por exemplo, não surpreende que na mioria dos países sejam proibidos os nomes de líderes de extrema-direita ou terroristas como Adolf Hitler ou Osama Bin Laden. Mas há algumas histórias caricatas de algumas famílias que não querem optar pelo tradicional.

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Na Suíça, uma família celebrava o 5.º aniversário do seu filho, que ainda não tinha nome. Esta situação é proibida no país (e em Portugal, onde o nome tem de ser atribuído até aos 20 dias de vida), pelo que a família foi multada.

Só que, em protesto, a família decidiu registar a criança com um nome… bizarro: Brfxxccxxmnpcccclllmmnprxvclmnckssqlbb11116, a ler-se Albin. O nome foi recusado, segundo narra a BBC, e os pais ainda tentaram chamar-lhe apenas “A” — nome também negado pelas autoridades suíças. Os pais tiveram, enfim, de se contentar com Albin.

No entanto, nos EUA, por exemplo, as regras não são tão restritas. Recorde-se, nomeadamente, do nome do filho de Elon Musk: X Æ A-Xii. E o nome teve já uma alteração — era suposto ser X Æ A-12, mas a lei norte-americana obriga a usar “apenas” os 26 caracteres alfabéticos da língua inglesa.

Género, marcas, títulos

Em países como a Alemanha ou a Dinamarca, é obrigatório os nomes terem um género evidente e expresso. Nesses países, segundo avança o jornal SOL, nomes como Taylor, Ashley, Morgan e Jordânia são proibidos.

Já em França ou na Suíça, de evitar são também os nomes de marcas. Channel ou Mercedes são proibidos neste último, enquanto que uma mulher francesa tentou chamar Nutella à filha (o Tribunal obrigou-a a chamar-lhe apenas Ella). O nome Mini Cooper é proibido em França.

Já na Malásia, o pior são mesmo nomes que refiram elementos da natureza — é considerado uma falta de respeito. No México, há nomes curiosos que já foram negados: Rambo, Batman ou Escroto.

Na Nova Zelândia, os títulos, por exemplo honoríficos — como Saint (Santo) ou Bishop (Bispo) —, são proibidos como nomes próprios. Também nomes demasiado longos são banidos, de que é exemplo um caso mediático no país que, na altura, passou despercebido às autoridades. Uma família decidiu fazer um trocadilho brincalhão com o nome de uma criança, que resultou no nome Talula Does the Hula From Hawaii.

Portugal diz não aos Vikings

Em Portugal, se quiser propor um nome que não conste na lista oficial, é provável que veja o seu pedido negado. Isto porque os nomes devem respeitar a grafia portuguesa (ou da língua original dos pais).

As regras passam por apenas 2 nomes próprios, a grafia do nome tem de obedecer à ortografia em vigor (Victor, por exemplo, já não pode ser usado) e a regra alemã também tem de ser respeitada: “o primeiro nome próprio não pode suscitar dúvidas quanto ao sexo”, lê-se no site do governo.

Carolina Bastos Pereira, ZAP //

2 Comments

  1. No Brasil aparecem nomes, ahhh…, como dizer… “úteis para revelar a inteligência dos pais”. Será que lá existe alguma regra?

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