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Lisboa inaugura primeira residência para empreendedores do país

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Guido Radig / Wikimedia

Elétrico na baixa de Lisboa

Elétrico na baixa de Lisboa

A Câmara de Lisboa inaugurou esta segunda-feira a primeira residência para empreendedores do país, na Rua do Comércio, que visa apoiar os estrangeiros e portugueses com negócios na cidade e ser uma extensão da incubadora de empresas do município.

Este espaço destina-se a pessoas de fora “porque Lisboa é uma montra da internacionalização, da colocação dos produtos no mercado e do contacto com potenciais clientes”, disse à agência Lusa a vereadora da Economia e Inovação do município, Graça Fonseca.

De acordo com a autarca, ali tanto poderá ficar alojado um programador estrangeiro que quer trabalhar num projeto com uma ‘startup’ tecnológica portuguesa, como uma jovem empresária de Braga “que quer estar em Lisboa porque tem na capital um conjunto de ligações e potenciais clientes”.

Graça Fonseca falava à agência Lusa no final da inauguração da Casa Startup Lisboa, assim denominada devido à sua proximidade à incubadora de empresas do município, que já auxiliou mais de 200 desde a sua criação, em fevereiro de 2012, originando cerca de 700 postos de trabalho. Atualmente, estão incubadas cem empresas.

Classificando a residência como um “braço armado da Startup Lisboa“, a responsável defendeu que o espaço “vai permitir dar um apoio importante aos empreendedores que estão na incubadora”, que tem dois edifícios na Rua da Prata e um outro na Rua Castilho.

A residência ocupa dois pisos de um edifício camarário – o primeiro para mulheres e o segundo para homens – e disponibiliza, ao todo, 14 quartos, duas salas de convívio, duas cozinhas e duas casas de banho partilhadas.

startuplisboa.com/momentum/

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Para a vereadora da Inovação, esta “é uma solução de alojamento que está ligada com o próprio negócio”, já que na sala os empreendedores “vão poder fazer reuniões ou ‘pitch’ [apresentação do produto]” e na cozinha ter um pequeno-almoço de trabalho, por exemplo.

A renda é de 300 euros mensais, com despesas de água, luz, gás e internet incluídas, mas o valor baixa nos casos em que o quarto é partilhado, adiantou Graça Fonseca, assegurando que o objetivo não é entrar no mercado do alojamento, mas apoiar os empreendedores.

Apesar de o tempo máximo de estadia não estar estabelecido, “este será sempre um espaço transitório”, indicou.

A incubadora de empresas do município tem em curso, até ao final do mês, candidaturas para o programa Startup Lisboa Momentum, com bolsas para três licenciados ou finalistas com uma ideia de negócio mas sem meios financeiros para se dedicar à criação de uma empresa e, nesse caso, está garantida a estadia de um ano na residência.

O município convidou a polaca Sandra Wolf, de 24 anos, a primeira residente da casa, a ajudar a escolher os residentes.

A viver na cidade há dez meses e a trabalhar numa ‘startup’ tecnológica há três, a jovem explicou à Lusa que terá em conta características como a “ambição e a motivação” dos candidatos, já que aquele será também um espaço “de partilha de ideias”.

Antes da Casa Startup Lisboa, funcionava uma residência para estudantes no número 08 da Rua do Comércio. Foram, entretanto, feitas obras de reabilitação de 50 mil euros.

/Lusa

3 Comments

  1. Sim senhora um óptimo local, facilmente se chega ao aeroporto, sem filas de trânsito, e imagino que também deve ter um bom parqueamento para os que chegam de carro!!!! Que falta de inteligência!!

  2. O socialismo enveredou pela “acção psicológica” de arrebanhar novas elites intelectuais de jovens eventualmente a provarem criatividade e/ou empreendedorismo porque o dinheiro dos autarcas-políticos não é o deles! É património dos lisboetas e um mês de alojamento que seja, na zona que é, sempre será um bom episódio na vida de poucos à custa do que não é deles… Típico esbanjamento de recursos de certo socialismo.

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