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Ligações fluviais e ferroviárias suspensas entre Lisboa e margem sul

Marcelo Camargo / ABr

foto: ABr

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O tráfego fluvial no estuário do rio Tejo “está suspenso”, a circulação ferroviária na Ponte 25 de Abril está interrompida, e o trânsito no tabuleiro condicionado, disseram hoje as autoridades.

“O tráfego no rio Tejo, entre Lisboa e a margem sul, e vice-versa, está suspenso”, disse à Lusa fonte da Polícia Marítima.

“Todas as ligações fluviais, da Soflusa e Transtejo, estão suspensas sem previsão de retomar”, disse à Lusa a assessoria de imprensa da Transtejo.

O trânsito na Ponte 25 de Abril está interdito a motociclos, veículos com capota de lona e a viaturas pesadas, devido à intensidade do vento, disse à agência Lusa fonte da GNR.

O mau tempo levou também ao fecho das faixas centrais da ponte nos dois sentidos para todo o tipo de veículos, estando neste momento a funcionar apenas duas faixas, em cada uma dos sentidos, norte-sul, e sul–norte.

A circulação ferroviária na ponte está interrompida também devido aos fortes ventos, informou a Protecção Civil.

A Câmara de Almada divulgou hoje um comunicado no qual solicita, devido aos “ventos fortes”, que “não sejam colocados contentores individuais na rua”.

“Devido às condições meteorológicas adversas previstas para a noite de hoje, 9 de Fevereiro, e madrugada de segunda-feira, a Câmara Municipal de Almada solicita que não sejam colocados sacos do lixo, nem contentores individuais na via pública, principalmente em zonas mais expostas a ventos fortes, para prevenir possíveis acidentes que possam ocorrer devido ao mau tempo que se irá sentir”, lê-se no comunicado hoje divulgado.

A edilidade “pede especial atenção no reforço de mecanismos de fixação de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outras estruturas suspensas”.

Protecção Civil registou 23 cortes de estrada até às 16h30

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou, entre as 09:00 e as 16:30 de hoje, 23 cortes de estrada em seis distritos do país devido à neve, inundações e quedas de árvores.

De acordo com um documento do Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), publicado na página Internet da ANPC, as vias rodoviárias cortadas situam-se nos distritos de Aveiro, Beja, Castelo Branco, Guarda, Santarém e Viseu.

Em Aveiro, no concelho de Águeda, estão cortadas as vias municipais do Túnel do Sardão e Campo de Recardães e também as ligações entre Oronhe e Espinhel, Fontinha e Almiar e Serem e Macinhata, todas devido a inundações.

Nos distritos da Guarda e Castelo Branco, na zona da Serra da Estrela, estão cortados os acessos à Torre a partir dos Piornos e Lagoa Comprida e desta localização à Portela de Arão, pela EN 338, devido à neve.

Entre outros acesso, a neve impedia ainda a circulação num percurso de seis quilómetros na EN 339 e, na mesma via, a ligação entre o Sabugueiro e a Lagoa Comprida, refere o documento.

Em Beja, na zona de Ourique, uma queda de árvore impediu a circulação no IC1 e em Viseu a neve cortou a estrada municipal 553 entre Bigorne (Lamego) e Resende, via serra do Montemuro.

Já no distrito de Santarém a Protecção Civil registava, até às 16:30, a submersão de dez caminhos e estradas municipais, uma ponte na ligação entre as localidades de Alcaides e Almajões e do parque de estacionamento em Constância.

No mesmo período, a ANPC registou um total de 302 ocorrências (quedas de árvores, inundações e limpezas de via, entre outras) em todo o país, com destaque para os distritos do litoral, que mobilizaram 994 operacionais e 408 veículos.

Coimbra era o distrito mais afectado, com 59 ocorrências, seguindo-se Lisboa e Setúbal, com 47 e 31 ocorrências, prospectivamente.

Ouvido pela Lusa, o Comandante Operacional Distrital (CODIS) de Coimbra, Carlos Luís, afirmou que os meios de socorro “têm estado atarefados” ao longo do dia, mas “sem situações de especial relevância”.

“Tivemos algumas quedas de árvores e derrocadas prontamente resolvidas pelos bombeiros”, frisou.

/Lusa

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