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Licenciaturas pré-Bolonha vão ser equiparadas a mestrados

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Manuel de Almeida / Lusa

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor (dir.)

O Governo quer equiparar “para todos os efeitos legais” os bacharelatos e licenciaturas pré-Bolonha a licenciaturas e mestrados pós-Bolonha, respetivamente.

A notícia foi avançada na passada sexta-feira pela rádio pública Antena 1 e confirmada esta terça-feira à Lusa pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

“Será inserida no decreto-lei que estabelece o regime jurídico de graus e diplomas (atualmente em discussão pública)” uma norma que estabelece a equiparação, explicou a tutela numa nota enviada à Lusa.

A proposta para um novo regime jurídico de graus e diplomas está atualmente em discussão pública e foi aprovada em Conselho de Ministros a 15 de fevereiro, uma reunião que discutiu um conjunto de iniciativas legislativas na área da ciência, tecnologia e ensino superior e que procuram dar resposta às conclusões de um relatório de avaliação a estas áreas da OCDE recentemente divulgado.

Manuel Heitor, ministro do Ensino Superior, confirmou ao Público esta equiparação legal de licenciaturas pré-Bolonha a mestrados pós-Bolonha. “Não se trata de atribuir graus académicos, mas sim de uma equiparação”, frisou no seminário realizado no Conselho Nacional de Educação subordinado ao tema “Ensino Superior em Portugal, uma estratégia para o futuro”.

Em termos práticos, um licenciado pré-Bolonha não passará a ser um mestre, mas terá uma equiparação que “é válida para todos os efeitos legais, sendo que aí se incluem concursos de recrutamento, concursos para ingresso em ciclos de estudos e todas as outras dimensões do quotidiano em que seja exigido o grau de mestre”, refere o MCTES.

O mesmo acontecerá para quem tem um grau de bacharel, passando a ser equiparado a licenciado.

Já era possível aos licenciados pré-Bolonha pedir a equivalência ao grau de mestre, mas tinham de solicitar às instituições a revisão dos seus processos e, caso fosse necessário, “fazer algumas disciplinas e apresentar e defender um relatório final”, tudo isto com custos de centenas de euros, refere o jornal.

Para o MCTES “é importante realçar” que “não se trata da atribuição de um grau académico mas do reconhecimento que os graus obtidos anteriormente à implementação do Processo de Bolonha têm a mesma validade que os graus obtidos a posteriori desse processo, dado estar em causa o mesmo tempo de formação”.

Muitas licenciaturas pré-Bolonha tinham a duração de cinco anos, o mesmo tempo de formação atualmente necessário para concluir um mestrado no regime pós-Bolonha, que instituiu licenciaturas de três anos e mestrados, que podem ser integrados, de dois anos.

A tutela sublinha ainda que a alteração proposta se reveste de particular importância para os cursos de Engenharia, mas é aplicável a todas as áreas de formação.

Os bacharelatos em Engenharia tinham a duração de três anos, a mesma que as atuais licenciaturas de Bolonha, o que se traduzia numa desvantagem para os profissionais com esse grau académico em candidaturas a concursos em que o grau mínimo exigido é o de licenciatura.

ZAP // Lusa

51 Comments

    • Muito tardio mesmo, já fui excluido de concursos publicos porque preferiram uma licenciatura recém obtida, relativamente a uma com 20 anos. Essas mentalidades limitadas ainda não se aperceberam que entre uma 4º classe antiga e uma actual, nem sequer tem comparaçao.

      Não é de admirar que as coisas estejam como estão, Estado um bando de incompetentes, analfabetos intelectuais e corruptos.

  1. Entende-se, ainda que de modo um tanto forçado, a razão de ser desta medida. Mas ela acaba por suscitar outras questões.
    Se um licenciado pré-Bolonha fica equiparado a um mestre pós-Bolonha, também fica equiparado a um mestre pré-Bolonha?
    E um mestre pré-Bolonha fica equiparado a quê? a doutorado pós-Bolonha?
    Como é, afinal? Em que ficamos?
    Esclareça-me quem souber.

    • eu acho que faz sentido um mestrado pre bolonha tb ficar equiparado a um doutoramente pos bolonha para que todos fiquem iguais…se não quem perde são os mestres pre bolonha…

      Eu acho que deviam fazer como fazem os australianos:

      curso de 3 anos na universidade tec nivel 3
      curso de 5 anos na universidade tec nivel 5
      curso de 3+2+2 na universidade tec nivel 7

      não vejo qual o problema e assim resolviam tudo de uma vez por todas…

      Quem tem curso de 3 anos 5 anos ou 7 ou mais anos fica logo com o grau de tec nivel 3, 5 ou 7…

      Depois ainda vinha algum iluminado a dizer que chumbou 30 anos e teve na universidade 33 teria de ser tec nivel 33…LOLOL

  2. mais uma vez fala-se no geral quando o que se pretende é aplicar única e exclusivamente no publico!
    eu sou licenciado e isto não trará qualquer justiça ou vantagem, porque trabalho no privado. Para quem foi abençoado e está no publico ai trará muitas vantagens, como aceder a concursos e progredir na carreira pois só nesse regime é que a educação é valorizada de forma directa. assim já nem precisam ir tirar um verdadeiro mestrado. Deixem o discurso de que estão a dar o exemplo para que o privado o siga pois isso são balelas. Se quisessem nivelar tudo, bastava legislar de forma transversal. Quem quer saber se o curso tem equiparação com um mestrado?!?! Se muitos nem os têm mas dizem que têm…
    deixavam ficar como está pois não há comparação possivel. pior é equiparar um bacharel a um licenciado. se um bacharel corresponde a 3 anos de formação como se compara com um licenciado de 5 anos? mantnha-se o que estava fazendo referencia a pre e pós bolonha, que isso sim é justo e real.
    mas como disse acima são interesses da FP.

    • A questão é muito mais complexa, principalmente para quem não trabalha na Administração Pública. No caso de trabalhar na Administração pública, a única diferença está no acesso e na avaliação, quando esta é feita por análise curricular, onde o grau académico é pontuado. A grande diferença está mesmo para quem não trabalha na Administração Pública, pois passou a haver uma discriminação entre os licienciados portugueses pré-bolonha e os de outros paises da UE, onde essa equiparação já foi feita. Como o mercado de trabalho é global, os licenciados portugueses pré-bolonha estão impedidos de competir com os seus pares quando é exige o grau de Master, o que viola de forma grosseira um princípio básico de um Estado de Direito, o da igualdade. A noticia também é clara, pois não vão ser titulares, mas apenas equiparados. Quem pretender o título, segue o regulamento da escola que o diplomou. Logo não há nada de transcendente, apenas a correção de uma injustiça em relação aos licenciados portugueses pré-bolonha.

      • experimente vir para o privado e verá que o que diz não se aplica.
        não falemos de igualdade num pais onde uns trabalham 35h e não podem ser despedidos e outros trabalham mais de 40 e têm a porta da rua sempre aberta.
        Injustiça não existe entre pré e pós bolonha. Talvez se refira a passagens administrativas e admissão de funcionários como comissão de serviço sem ser feito concurso e depois é admitido nos quadros ao abrigo da bandeira ” dizer não á precariedade”. Para esses casos é que isto será benéfico.

  3. Se um licenciado pré-bolonha andava a estudar 5 anos como eu andei é mais do que justo que seja equiparado a um mestrado pós-bolonha que corresponde igualmente a 5 anos de estudo. O mesmo se passa para os bacharéis que estudaram 3 anos e por isso é mais do que justo sejam equiparados a licenciados pós-bolonha que também andam a estudar 3 anos. Quanto aos doutoramentos pré-bolonha não se aplica qualquer conversão porque o tempo necessário para se tirar um doutoramento é o mesmo antes e depois de bolonha.

    • Mas isso é só pelo número de anos? É que a licenciatura actual é de 3 anos efectivamente! Mas os conteúdos foram reformulados com Bolonha, não foi um simples corte. Raros são os licenciados actuais que terminam em 3 anos.
      Então e os antigos mestrados equivalem agora a quê?

  4. Então o que foi bolonha? Foi só um simples corte? A licenciatura atual em termos de conteúdo é o antigo bacharelato?

  5. Portugal precisa mais de técnicos experientes que técnicos no papel.
    Vê-se nos últimos anos os casos de habilitações académicas fraudulentas a nivel personalidades.
    Tirar uma licenciatura não é sinal de competência e nos dias de hoje ter licenciaturas para trabalhar nas produções do privado é investimento negativo. Como o dizem acima, no público é quando as licenciaturas valem e servem para progressão na carreira.
    Prezo imenso as licenciaturas profissionais com actividade própria e desenvolvimento local com estágios em empresas e por estas classificadas para a classificação final de curso.
    Nada tenho contra quem luta anos para conseguir uma licenciatura, pelo contrário, mas ter um dourado em economia que nem sequer sabe preencher um IRS ou analisar uma Demonstracção de Resultados Líquidos … pergunto para que serviu os anos de estudo.

  6. Isto é uma fantochada sem nome. No pós-Bolonha os cursos foram restruturados. Não foi só chegar ali e cortar o curso por onde ele ficava no terceiro ano. Os cursos tornaram-se mais intensivos e com cargas programáticas mais concentradas.

    Eu até dou de barato que as novas licenciaturas de 3 anos não contivessem toda a matéria dos cursos de 5 anos… Mas muitas licenciaturas eram de 4 anos e essas tiveram a sua carga programática toda enfiada em 3 anos nas novas licenciaturas. A ideia foi meter as pessoas a estudar mais coisas em menos tempo, não foi meter as pessoas a estudar menos coisas. Vá lá que no caso das licenciaturas de 5 anos, isso possa não ter sido totalmente conseguido, mas também não se ficou a aprender só o que se aprendia até ao terceiro ano. As matérias foram concentradas, os programas currículares revistos, muita palha foi deitada fora dos cursos e bem… Por isso só se optimizou e concentrou a mesma matéria em menos tempo.

    E depois surge a pertinente questão que já aqui foi levantada: Vão os mestrados pré-bolnha equivaler a doutoramentos pós-bolonha e passar-se um atestado de estupidez aos actuais doutorados??.. Ou vão os mestrados pré-bolonha ficar equiparados a mestrados pós-bolonha e deste modo, a licenciaturas pré-bolonha???..

    Enfim… Costuma-se dizer que não se conserta o que não está errado. Os cursos foram restruturados para se ensinar o mesmo em menos tempo. Estar mais tempo na universidade não significa ter aprendido mais. nunca tal!.. Temos pena se antes de Bolonha os cursos estavam antiquados e desactualizados e demoravam demais por ter palha desnecessária. Não se vai é fazer a barbaridade de dizer que um licenciado de hoje equivale a um bacharel de pré-bolonha, porque as cargas programáticas simplesmente não correspondem!

  7. E os que em pré-Bolonha já tinham licenciatura e mestrado ficam equiparados a quê?
    Responda o Manuel Trapalhadas Heitor

  8. Como ficam as licenciaturas pré-Bolonha de 4 anos? Estas são equiparadas a mestrados de Bolonha com 5 anos e com dissertação feita?

  9. É o país dos doutores… Ninguém aguenta sem ter galões para armar ao pingarelho. Ele é novas oportunidades, provas ad-hoc… E agora querem equivaler bachareis a licenciados e licenciados a mestrados e com isso gerar a confusão, o caos, a legítima revolta e a mediocridade credenciada.

    Não há sopeira ou manicure nenhuma que no Facebook não se entitule “empresária” só porque abriu uma Unipessoal sem empregados além dela própria. Ou às vezes mesmo só com recibos verdes: Empresária em nome Individual. Somos um país de empreendedores. Se somos empregados somos explorados e para não ser explorados, damos uma de empresário sem passarmos de freelancer sem trabalho. É só empreendedores e doutores de meia tijela, esta terra… E agora com o respaldo e o aval oficial da lei.

    Sempre a nivelar por baixo, o Portugal dos Pequeninos.

  10. Sempre a subir de classe…e a qualidade vê-se, em tudo, no país. Porque não batizar, logo à nascença, todo o cidadão com o bacharelato? Licenciados, mestres e doutores, como se tem visto, de uma forma ou doutra, todos acabam por ser. Assim já se poupava nos anos de escolaridade e usava-se este tempo para aprender a lidar com telemoveis, smartphones, computadores e calculadoras, e aperfeicoava-se a ser mal-educados. Um conhecimento básico de algarismos e de dígitos e…pronto, já está! E empregos, claro, não faltariam. Depois criava-se uma Ordem: Ordem dos Nascidos Bacharéis, com bastonário ( e podia ele ser um ele que quisesse ser ela ou vice-versa, ou ainda que fosse as duas coisas, alternando em anos consecutivos, casado com homem, mulher, animal ou objeto) e tudo!

  11. Eu que tirei o meu curso na transição para Bolonha, constatei que o meu curso passou de 5 anos para 3 anos, aumentando a carga horário, claramente não estudei menos, mas sim, estudei o mesmo em menos tempo. Qual é o fundamento de subir um grau académico sem que exista previamente uma validação, quando muito atribuir equivalências e sim completar o que lhe falta, até porque até agora era assim. Mas essas equivalências não lhe vai adiantar de muito porque como disse nada foi retirado mas sim compactado.

  12. Existe aqui muita confusão, em pré-Bolonha os cursos eram de 5 anos e muitos no final tinham de fazer um projeto ou uma tese. Muitos depois disso ainda foram para Mestrados de 3 anos. Agora pergunto, quem tirou um mestrado a sério pré-bolonha de 3 anos, fica equiparado a quê? Como distinguir um licenciado Pré-Bolonha de um Licenciado + Mestrado Pré-bolonha? Terão estes direito ao doutoramento Pós-Bolonha? Sim, pois ao contrário do que aqui alguns dizem, os doutoramentos Pré-Bolonha duravam 5 anos, agora são feitos em menos de 3 anos…Grande confusão vai aqui pelo superior português, é tudo um negócio e mais nada.

    • Confusão a sua, que pensa que a intensidade e a carga horária dos cursos se medem só aos anos. Como já várias pessoas lhe explicaram aqui (mas você não lê ou não lhe interessa ler) os cursos não foram diminuidos no pós-bolonha. apenas foi a mesma matéria compactada em 3 anos, com mais carga horária e sem matérias inúteis e redundantes… Em que se dava a mesma matéria e várias cadeiras diferentes. ninguém estuda menos matérias no pós-bolonha do que estudava no pré.

      Parece é que algumas pessoas querem parecer mais sem o ser. Repito o que já escrevi: Temos pena se antes de Bolonha os cursos estavam antiquados e desactualizados e demoravam demais por ter palha desnecessária. Temos pena se a si lhe obrigaram a andar a estudar mais tempo para aprender o mesmo, por falta de eficiência curricular dos cursos pré-Bolonha onde quem mandava, eram aqueles chefes de cadeira com 90 anos, que se recusavam a modernizar os cursos.

      • Errado…falo por onde estudei onde havia bacharelato e licenciatura…apenas lhe mudaram os nomes de bacharelato para licenciatura e de licenciatura para mestrado mas os programas ficaram os mesmos…

      • E onde é que estudou, para eu ir confirmar essa excepção à regra? Sim porque mesmo que o que diz seja verdade, não se aplica à generalidade, pelo que o que eu disse está mais certo do que errado e o que você diz sobre onde estudou, ainda que por absurdo esteja certo, não representa a generalidade dos casos.

      • Concordo em pleno com que afirma. Mas o ISEL é uma escola séria ecom pergaminhos onde os antigos cursos de engenharia produziram bons profissionais para a industria numa época em que os conhecimentos tinham de ser generalistas. Hoje os cursos de licenciatura pós -bolonha focam-se na especialização tendo uma carga horária e conteudos muitos inferiores aos bacharelatos de 4 anos e incomparavelmente inferior aos cursos de licenciatura pré-bolonha no IST quando tinham 6 anos ( até 1972) e mesmo nos de 5 anos. Digam o que disserem mas as matérias nos cursos pré-bolonha mimetizam e tem lá os os mesmos nomes mas a profundidade das matérias fica pela rama.Apenas refiroa que em 2005 o Conselho de Reitores rejeitou que se desse o nome de licenciatura aos cursos de 3 anos, mas Socrates, ressabiado, impos essa designação.Na UE sao designados por Bsc.

      • Estimado, sei bem do que falo. Não queira comparar uma licenciatura pré-bolonha com as de agora, por alguma razão a ordem dos engenheiros não reconheceu as pós-bolonha. Um aluno Pós-bolonha licenciado com 3 anos, nada sabe, a não ser o básico dos básicos, pois de engenheiro nada tem nem nada sabe. Muitos nunca visitaram uma obra ou foram a uma mina. E o Mestrado, a tal dissertação de que fala, a pós-Bolonha, é feita entre o mês de Janeiro, alguns Fevereiro e entregue em Julho do mesmo ano. Para sua informação, nos cursos pré-bolonha, isso correspondia ao chamado seminário ou projeto. Nada tem a haver com as dissertações de Mestrado Pré-bolonha, em que os mesmos tinham 3 anos, e onde não era dada matéria fútil como quer fazer querer, eram dadas disciplinas com uma grande componente prática, e a tese era desenvolvida ao longo de um ano inteiro. Aconselho-o a informar-se antes de dizer tamanhas babuseiras que em nada refletem a realidade que existe agora no sistema Pós-Bolonha. Nada se compara, em termos de rigor e de experiência. hoje em dia um aluno sai da Faculdade licenciado ou Mestre sem nada saber, sem nenhuma experiência em nada…já para não falar nas notas dos mestrados que são super, mega inflacionadas, onde tudo e corrido a dezoitos e dezanoves, como se fossem alguns suprasumos, mas coitados, nem contas sabem fazer e são engenheiros…

      • E quando refere na carga horário que aumentou, mais asneira de quem não sabe o que diz, basta comparar os cursos pré e pós Bolonha,onde os antigos tinham disciplinas anuais com cargas semanais de 4 horas, eu pelo menos tive, e onde os semestres começavam em Setembro e acabavam em fevereiro, sempre com aulas, havendo depois 15 dias para exames. Meu amigo, agora começam em Outubro e acabam antes das férias do natal, com 12 semanas em média de aulas, POR FAVOR INFORME-SE ANTES DE DIZER CALINADAS…E se dúvidas tem posso provar o que digo.

  13. Olhem… vão todas à universidade de castelo branco (White Castle university) e digam que vão da parte dos bandalhos do PS que eles orientam-vos uma coisa qualquer mal amanhada.

    • Os Alemães o quê?.. Donde é que este surgiu agora com a história dos partidos? Mas que pobreza cultural… Só sabe falar sempre da mesma coisa, mesmo quando o assunto não tem nada a ver. Devem-lhe pagar…

      • Estamos a falar de ensino superior. Temos um partido a governar que pretensamente quer aparentar que se interessa muito pela formação dos nossos trabalhadores. Mas na hora certa opta sempre pelos bandalhos do partido que tiraram os cursos sem sequer lá irem. E muitos jovens com mestrados e doutoramentos tirados a muito custo e com os pais a matarem-se a trabalhar para os filhos poderem estudar estão no desemprego porque nunca tiveram uma oportunidade.
        E ainda vem para aqui com as politiquices?! Eu não sou é parvo como o senhor. Devia ter vergonha! Seu tosco!

  14. O seu 5o ano de licenciatura pré Bolonha era estágio, algo que não é comparável com pós Bolonha. Na verdade tem mas 1 ano de estudos, sendo assim, teria de ser equiparado a pós graduação pós Bolonha. E ainda assim, acho estranho que um pessoa que tem uma licenciatura, passe a ter mestrado sem ter sequer escrito uma dissertação ou um paper científco, mas pronto. E os que foram apanhados no meio da confusão, como foi o meu caso? Que tinha imensas cadeiras feitas e, na maioria, não obtive equivalências para pós Bolonha…quem compensa a perda de tempo e de estudos dessas cadeiras que não serviram para nada? Enfim…toda a gente se queixa, é o nosso Portugal, onde o que interessa são as estatísticas…vivam as novas oportunidades, onde toda a gente faz os 3 anos de secundário e completa o 12º ano em meses, sendo que as capacidades académicas são…zero, e também os novos mestres deste país 😛 Tudo neste país é cool, é tudo muito easy de obter 🙂

    • Nem mais, Pedro. Tudo o que você diz é verdade e pertinente. Vai na linha e enriquece tudo o que eu também já disse. 🙂

    • Errado – p.ex., as licenciaturas em economia do ISEG até 1993 tinham mesmo 5 anos (não era 4 + estágio, era mesmo 5); as CESE (equiparadas a licenciatura) do ISEL eram de 2 anos a juntar aos 3 do bacharelato (ou seja, 5). O Pedro parece estar a assumir que um estágio no último ano de curso era uma regra geral, quando grande parte (a maior parte?) das licenciaturas não tinham nada disso.

      • Por cada exemplo que me dê de licenciaturas de 5 anos, eu também lhe dou de 4+1 (estágio ou trabalho final). No ISA onde estudei era 4+1. Na FCL, Biologia por exemplo, a mesma coisa. E não estamos a falar de Universidades de cacaracá. Por vezes, menos é mais… E em muitos dos casos pós-bolonha, é o caso.

        Claro que haverá sempre velhos do Restelo que resistem à mudança com o discurso do tipo “no meu tempo um litro de leite era dois e quinhentos”.

      • Ah, então o caro Miguel Queiroz é Engenheiro Agrónomo! Está assim explicado porque de economia nada percebe. Assim está melhor.
        Cada macaco no seu galho.

  15. Muitos parabéns então a todos os novos licenciados! E a todos os mestres da velha guarda aqui vai uma palavra amiga: esperem mais um pouco que ainda chegaram a doutorados.

  16. Toda a gente sabe que uma licenciatura de 5 anos antiga, equivale em termos de conhecimento praticamente a um doutoramento, senão a té mais.

    Relativamente a uma licenciatura antiga e uma moderna, em termos de conhecimento e profissionalismo, uma das antigas vale o dobro de uma moderna.Isto era como a 4º classe antiga e a atual. Antigamente nem todos tinham capacidades para tirar licenciaturas, alguns estudavam décadas e desistiam, hoje em dia, qualquer retardado faz uma licenciatura had hoc.

    • Isso que diz não é verdade leia o que dizem outros comentadores mais acima. Menos tempo não quer dizer menos matéria ou menor capacidade. Quer dizer apenas que se faz a coisas em passo de corrida em vez de andar em passo de passeio. Tenho um curso de 5 anos Direito, sim cinco anos de muita palha e tempo desperdiçado que nunca contou para nada. Estou a tirar outro, História, e eis que vejo ter que fazer as cadeiras que anteriormente faziam, obrigado a ler os mesmos livros e a conhecer os mesmo autores mas tudo a correr! Não há uma formula perfeita, pois as equiparações parecem-me escusadas. Até que estas funcionam apenas para concursos do funcionalismo público. O problema em Portugal está na especialização e no apoio que se tem após uma licenciatura. Quem procure seguir em frente, mestrados ou doutoramento, sabe que depende muito da orientação que vir a ter de parte da instituição onde estuda. Há algumas que deixam os alunos completamente ao abandono a não ser que tenham “nome” o Direito na FDL é um caso desses.

  17. Típico. Não sabem fazer nem medir, nem observar, são um bando de incompetentes, chutam por debaixo da mesa, assim não correm o risco de errar tanto. Típica incompetência e analfabetização dos organismos públicos populados por corruptos, incompoetentes e mentecaptos que se agarram a um sistema rígido de contratos de trabalho vergonhosos, remunerados acima da média do custo do trabalho real da nossa economia neo liberal, e cheio de vícios.

    Regime de um Economia planificada neo comunista/socilaista, que só serve o partido, nao serve o apis nem os contribuintes.

    Este portucaleco anda noutro mundo….

  18. Vamos lá ver uma coisa, __________

    não é uma licenciatura que diz se o trabalhador é bom ou não.
    è necessário haver um sistema flexivel de empregabilidade publica como ha no privado,

    para dar oportunidade a quem relamente é bom, e só é bom quem se esforça e trabalha.

    • Eu diria mesmo mais… Isto no tempo do ábaco e do lápis atrás da orelha é que era a sério. Desde que inventaram os telemóveis, a internet e os computadores, ficou tudo estúpido. Volta paleolítico, estás perdoado.

  19. Tenho 2 bacharelatos de 3 anos, 1 licenciatura de 5 anos e 1 mestrado de 2 anos, tudo pré-bolonha. Vou passar então a ter equiparação a 2 licenciaturas de 5 anos 1 mestrado de 2 anos e um outro mestrado que era 1 mestrado de 2 anos que fica igual a um que já era de 2 anos. Ou seja, os mestrados pré-bolonha não ficam equiparados a nada. Lógico? Não!

  20. Ah, outra coisa… e os licenciados como Relvas, engenheiros como Sócrates, mestres como Barreiras Duarte e comandantes da protecção civil, ficam equiparados A QUÊ? A ALDRABÕES. Portugal no seu melhor no pré-Bolonha e pós-25 de Abril.

  21. E um mal amanhado pós-bolonha que fez aquilo tudo numa tarde na White Castle University com todo o gangue do PS? Fica o quê?

  22. Eu ainda não entendi para que se reestruturou os cursos com o tratado de Bolonha, pois a porcaria ficou na mesma! Se o objectivo era uniformizar os conteúdos programáticos para todas as disciplinas em todos os Politécnicos e Universidades da Europa, então lamento informar que isso foi em vão! Bela porcaria pois andou-se a gastar tempo e dinheiro, a mudar disciplinas e outras maluqueiras para ficar tudo na mesma…enfim…portuguesices…

  23. Vamos ser corretos:
    – Os atuais mestrados são uma palhaçada completa. Nada têm a ver com os anteriores mestrados. Teses da treta e resumos de estágios em contextos de trabalho e aquilo está feito. Sei bem do que falo até porque orientei mais de 10 em poucos anos.
    – As atuais licenciaturas compactaram mas também retiraram conteúdos face às antigas licenciaturas.
    – Os atuais licenciados não sabem escrever, não sabem fazer contas, não sabem falar, não sabem pensar, enfim…

    Com tudo isto acho que o melhor é fazermos todos como os Relvas, os Sócrates e todos os mal amanhados do PS que frequentam essas grandes instituições de ensino como a White Castle University ou ainda a Beja Superior College… Numa tarde saem igual a um licenciado em tudo, conhecimentos e título.

    • Concordo com tudo menos com uma coisa: “Os atuais mestrados são uma palhaçada completa.” – como você dis e bem orientou mestrados e se o fez terá sido numa instituição, pelo que tem uma visão muito específica e muito parcial. Há mestrados actualmente que são até muito mais bem estruturados que os antigos. Menos masturbação intelectual e mais preparação prática para a vida profissional. quanto à investigação e às teses. Estão bem lá! Claro que cada caso é um caso por isso eu se calhar conheço os casos bons e você, os maus.

      Quanto aos seus outros pontos:

      1. “As atuais licenciaturas compactaram mas também retiraram conteúdos face às antigas licenciaturas.” – isso foi exactamente o que eu também disse. Importa é saber qual o critério da remoção de conteúdos e em muitos casos, lá está… Saiu a palha de chefes de cadeira que há muito fossilizaram e querem encher a malta de masturbação intelectual com teoria que nunca volta a ser usada na vida e que mais pertence a um doutoramento.

      2. “Os atuais licenciados não sabem escrever, não sabem fazer contas, não sabem falar, não sabem pensar…” – totalmente verdade, mas isso não se deve a Bolonha. Deve-se às novas oportunidades, provas ad-hoc e uma instrução primária risível, em que agora até já querem que não se possa reprovar.

      Os Relvas e os Sócrates são um cancro… Mas não são fruto do sistema académico actual, mas sim da sua perversão. Bolonha foi bom a meu ver… Mas não permitem tirar cursos sem fazer exames nem ir às aulas.

  24. Então e os mestrados pré-Bolonha, feitos em quatro anos, a maior parte das vezes autênticas investigações inéditas, defendidas em tese? Nessa altura, as Universidades até faziam pré-selecção de candidatos, havia dois anos de cadeiras e, na maior parte das vezes, os mestrandos já começavam a investigar para a tese logo no princípio do mesmo. O resultado eram teses com produtos de investigação pura e volumosa. É perfeitamente injusto que, agora, se fiquem apenas pelo grau de mestre, uma coisita, uma brincadeira agora (não desrespeito as suas dificuldades intrínsecas).

  25. Só a ignorância pode dar suporte a esta notícia!….Quem se preocupa em andar minimamente informado, sabe que um dos pressupostos do “Acordo de Bolonha”, com a intenção dos cursos dos Politécnicos, passarem administrativamente ao grau de licenciatura, (como se o nome bastasse para ter conhecimentos) foi que os cursos de licenciatura pré-Bolonha passarem ao grau de mestrado, isto porque têm o mesmo número de semestres dos actuais e só foram leccionados em Universidades….Por outras palavras, deixou de haver um grau equivalente aos antigos mestrados….Isto para satisfazer as ambições dos Politécnicos de darem licenciaturas e mestrados como se a questão estivesse só no nome e não nos conhecimentos…

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