Levou ralhete de Ventura? Deputado do Chega apagou mil vídeos (e um “golpe de génio”)

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João Tilly/Facebook

O deputado do Chega João Tilly com o líder do partido, André Ventura.

Deputado do Chega e conhecido pelos vídeos que partilha no YouTube apagou mais de mil vídeos e alterou um em que falava sobre um “golpe de génio” de André Ventura na Assembleia da República.

Estrela do YouTube e recentemente eleito como deputado do partido de André Ventura, João Tilly, que já foi cabeça de lista do partido em Viseu, alterou o último dos vários vídeos que partilha na rede social, retirando uma parte em que descrevia um “golpe de génio” de André Ventura, avança o Diário de Notícias este domingo.

O golpe refere-se à estratégia da passada quarta-feira de André Ventura, em que forçou o PS a entender-se com o PSD na eleição do presidente da Assembleia da República. Depois de vários percalços na eleição, o deputado do Partido Social Democrata (PSD) José Pedro Aguiar-Branco acabou por ser eleito, após quatro tentativas, presidente da Assembleia da República.

No vídeo em causa, intitulado de “Primeiras impressões e primeiros choques na AR”, Tilly faz o balanço da tensa situação de quarta-feira. Atira para todos os lados, desde o “papel desgraçado dos jornalistas que estão ali o dia inteiro” ao primeiro-ministro indigitado que “não diz uma palavra”, sendo “uma autêntica múmia paralítica” que lhe faz “lembrar aquele idoso de Boliqueime”.

É quando começa a falar sobre o papel do Chega, dizendo que “o que se tratou nestes últimos dois dias foi apenas de saber quem é que manda ali dentro e se o Chega era ou não irrelevante”, que João Tilly faz um corte duvidoso no vídeo.

“Provou-se que sem o Chega não se faz nada, a não ser que se una o PS ao PSD”, disse no vídeo republicado este sábado, exatamente antes de se referir a Paulo Rangel e Nuno Melo — os alegados responsáveis por desmentir o acordo entre o PSD e o Chega para a eleição da presidência da AR.

Ora, sabe o DN, que teve acesso à versão original do vídeo, que o deputado cortou a parte em que dizia que “foi exatamente o que o Chega obrigou e conseguiu que acontecesse. Para mim, foi um golpe de génio, este de Ventura.”

Na verdade, a conta de João Tilly apagou cerca de mil vídeos na sexta-feira — logo após a publicação do vídeo sobre o “golpe de génio”.

As acusações de um possível ralhete de Ventura como causa de Tilly para apagar os seus vídeos não tardaram a chegar no X (antigo Twitter) e Tilly repôs os vídeos — exceto o pequeno excerto sobre o “golpe de génio”.

Tilly negou que Ventura o tenha obrigado a retirar seja o que for, pois “se ele achasse que os vídeos eram prejudiciais nem seria candidato”. Diz ter sido uma manutenção do canal, que foi alvo de “grupos de denúncia do Berloque da Canhota”, como chama ao Bloco de Esquerda.

Ao DN, o deputado garantiu que “nunca ninguém” o pressionou para editar ou retirar vídeos. “Edito-os muitas vezes e por muitas razões. A principal é que, como faço tudo de improviso, por vezes acontecem repetições”.

ZAP //

5 Comments

  1. Não é este personagem que nos últimos anos tem estado de baixa psiquiátrica na escola onde, supostamente, devia estar a lecionar?!…
    Sem mais comentários!

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  2. Calúnias e mais calúnias e não acredito sequer numa única palavra deste texto, porque já conheço o professor João Tilly há muitos anos, e tenho por ele grande estima e admiração, e fiquei bastante satisfeita por ele ter sido eleito deputado do Chega por Viseu. Estes ataques ao Chega são vergonhosos, e não é só o partido em si que é atacado, porque 1169836 de eleitores que votaram no Chega também.

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  3. “falava sobre um “golpe de génio” de André Ventura na Assembleia da República.”
    O que os outros estão a fazer é o quê?

    Ou melhor, a política é o quê?

    Tudo são jogadas, que visam o poder, política é isso mesmo. existe um deles, Costa, que é um génio nesta arte e ninguém escreve ou fala acerca de…

    Desde que paguemos os impostos, está tudo bem com eles, e os vencimentos e roubos estão sempre garantidos!
    Enquanto isso, o povo revolta-se uns contra os outros “dividir para reinar”

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