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Leão está mais otimista (e acredita que PIB vai crescer acima da meta)

António Pedro Santos / Lusa

O ministro das Finanças, João Leão

O ministro das Finanças, João Leão, está mais confiante numa subida do PIB acima da de 4%, prevista no Programa de Estabilidade para este ano.

João Leão acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer mais do que os 4% apontados no Programa de Estabilidade (PE). “Estamos confiantes numa forte recuperação do PIB, que pode mesmo exceder a taxa de crescimento prevista no Programa de Estabilidade”, disse o ministro das Finanças ao Jornal de Negócios.

A Comissão Europeia atualizou as suas previsões para todos os Estados-membros e apontou para um crescimento do PIB português uma décima abaixo da meta do Governo.

Nas Projeções de Primavera, Bruxelas melhora a expectativa para o ritmo de crescimento da economia portuguesa, mas só para 2022. Findo o processo de recuperação, Portugal fechará 2022 na cauda da Europa, com o segundo crescimento mais baixo face ao pré-pandemia, indica ainda a Comissão Europeia.

No entanto, para o ministro português, a verdadeira força motriz da recuperação são os apoios que têm sido dados às famílias e às empresas.

“Esta manutenção da capacidade produtiva das empresas está a ser essencial para a fase de forte recuperação da economia que já se está a assistir”, argumentou João Leão.

Até abril, foram pagos 1.588,2 milhões de euros em apoios às empresas, segundo os dados avançados por fonte do Ministério das Finanças ao matutino.

O valor representa mais do que a totalidade das verbas gastas em 2020 (que ficou em 1.409 milhões), em grande parte explicado pelo confinamento a que as atividades económicas estiveram sujeitas.

O Negócios detalha que o regime de lay-off simplificado representou uma despesa de 336,7 milhões de euros, enquanto o apoio à retoma progressiva ascendeu a 314,9 milhões de euros. Por sua vez, a  despesa com o incentivo à normalização da atividade empresarial implicou, este ano, uma despesa de 155,7 milhões de euros.

Mas, de entre as várias iniciativas para as empresas, o programa Apoiar.pt é o que representa, até agora, o maior gasto: injetou 780,9 milhões de euros na economia.

Entre janeiro e abril, as sete principais medidas extraordinárias pagas diretamente aos trabalhadores permitiram entregar um valor na ordem dos 225,7 milhões de euros. Em 2020, estas mesmas medidas implicaram uma despesa de quase o dobro: 416,5 milhões de euros.

O apoio à redução de atividade de trabalhadores independentes e sócios-gerentes (cerca de 153 milhões), a prorrogação do subsídio de desemprego (31 milhões) ou o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores (com uma despesa de 20 milhões, longe do orçamentado), estão entre as sete medidas, além de outras com menos peso.

ZAP //

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