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Leão promete “boa notícia” para as empresas sobre o preço da electricidade

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Miguel A. Lopes / Lusa

O ministro das Finanças, João Leão.

Com as negociações em torno do Orçamento do Estado para 2022 ao rubro, o ministro das Finanças, João Leão, acredita num entendimento à esquerda e revela que o próximo ano vai trazer “uma boa notícia” para as empresas quanto ao preço da electricidade.

A subida recorde nos preços da eletricidade tem estado na ordem do dia, mas o ministro das Finanças prevê “uma estabilidade” no âmbito dos valores praticados no mercado das famílias, conforme declarações numa entrevista ao Eco.

“No que toca à parte mais industrial, o Governo fez injecções massivas de fundos no âmbito do Fundo Ambiental para reduzir drasticamente tarifas de acesso”, destaca ainda Leão, realçando que “a parte que é regulada vai-se reduzir de forma bastante substancial no próximo ano”.

Teremos uma boa notícia sobre o preço da electricidade no próximo ano para as empresas”, aponta ainda o ministro quando têm surgido notícias de que, em alguns sectores, há uma pressão brutal por causa do aumento nos preços da luz.

Sobre o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), Leão constata, na mesma entrevista ao Eco, que “há condições para haver entendimento” à esquerda, descartando logo o PSD da equação.

Não consideramos que seja adequado uma alternativa de bloco central“, salienta o ministro.

O governante ainda avisa que um chumbo ao Orçamento afectaria “o ritmo de crescimento da economia” e criaria “dificuldades na execução do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”.

De resto, Leão sublinha que este OE é o que “dá o maior impulso macro da última década”, prevendo um crescimento de 5,5% para 2022 e mantendo a projecção do défice em 3,2%, o que significa a insistência nas contas equilibradas.

O ministro salienta ainda que, perante a previsão de um “período de forte crescimento no próximo ano”, o Governo “optou por não travar a fundo a despesa pública” que “vai estar 9% ou 10% acima de 2019“.

Mas é preciso “fazer uma gestão responsável” que permita um “crescimento da despesa em linha com a evolução da economia” e que “seja sustentável”, avisa Leão.

ZAP //

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