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Le Pen diz que Ventura é “um sinal do céu” e lança críticas a António Costa

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André Kosters / Lusa

A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, elogiou o candidato presidencial André Ventura, considerando-o “um sinal do céu”. Le Pen criticou ainda o primeiro-ministro português, António Costa.

O candidato presidencial do Chega, André Ventura, e a líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, estiveram esta sexta-feira lado a lado numa conferência de imprensa conjunta, que foi pautada por elogios de ambas as partes.

A eurodeputada e líder da União Nacional gaulesa está em Portugal para uma visita de dois dias, apoiando assim a candidatura do deputado único do partido da extrema-direita parlamentar portuguesa, e ambos deram uma conferência de imprensa num hotel lisboeta.

“É um dia muito feliz e importante, com a vinda de Marine Le Pen a Portugal quando estamos a dar o primeiro passo nas eleições presidenciais. É simbólica. O Chega, filiado na família europeia Identidade e Democracia, partilha o projeto e as ideias para a Europa com a União Nacional: uma Europa dos europeus, de quem trabalha, de quem se integra, de quem paga impostos e não a Europa daqueles que só vêm beneficiar do sistema económico e de segurança social sem aceitar a integração”, defendeu.

Segundo André Ventura, o Chega “tem um percurso muito mais recente” do que o seu congénere francês, mas já possui resultados nas sondagens muito animadores”.

“Este convite é um sinal. Le Pen tem sido em França e na Europa uma lutadora pela Europa que acreditamos que é possível, de matriz cultural e cristã e de identidade, contra a imigração descontrolada”, elogiou.

Os dois líderes de extrema-direita concordaram na condenação do islamismo, que consideraram “uma ideologia totalitária”, e na necessidade de maior controlo dos fluxos de imigrantes na Europa.

A política da extrema-direita francesa revelou-se “muito feliz” com a “primeira” visita a Portugal.

“É uma alegria apoiar o André Aventura nesta eleição presidencial. A União Nacional e o Chega são partidos parceiros. Partidos europeus com a mesma identidade, mas não somos clones. Somos aliados, parceiros. A filosofia é reconhecer e respeitar as respetivas especificidades nacionais”, afirmou.

A eurodeputada gaulesa elogiou “o chefe político talentoso (Ventura)”, que, “rapidamente vai ser a primeira força política do país e um grande dirigente e estadista europeu”. Le Pen chegou mesmo a referir-se a Ventura como um “grito que vem do coração e um sinal do céu”.

Marine Le Pen criticou ainda o primeiro-ministro português, António Costa, por declarações anteriores do líder socialista a propósito do Pacto para a Imigração e da abertura para acolher imigrantes e assim solucionar o problema demográfico.

“Foram palavras preocupantes. Sei quanto os portugueses são orgulhosos do seu país, apreciam a tranquilidade e a cortesia. Não deixem que aconteça, defendam o vosso país, a História, as famílias, as crianças e também a Europa inteira. Viva o Chega, viva Ventura e a amizade franco-portuguesa!”, concluiu Marine Le Pen.

Repórteres de imagem abandonam conferência de imprensa

Os repórteres de imagem (vídeo e fotografia) de vários órgãos de comunicação social, nacionais e estrangeiros, abandonaram hoje a conferência de imprensa do candidato do Chega e da líder nacionalista francesa Marine Le Pen em protesto pelas condições sanitárias.

A sala reservada para o efeito, num hotel lisboeta, não apresentava as regras mínimas de cuidados sanitários face à pandemia de covid-19 e os “cameramen” e fotojornalistas saíram em protesto.

Ao todo, encontravam-se mais de 40 pessoas na sala e a organização do partido Chega só chegou à unidade hoteleira pelas 15:50, ou seja, meia hora depois do previsto.

“O partido de extrema-direita português Chega organizou uma conferência de imprensa num espaço minúsculo na cave de um hotel sem janelas… durante uma pandemia. Os jornalistas abandonaram”, escreveu a correspondente da agência Reuters em Portugal, Catarina Demony, na sua conta de Twitter.

A assessoria de imprensa do partido da extrema-direita parlamentar explicou entretanto que houve um excesso de presenças, nomeadamente por parte de órgãos de comunicação social que não procederam à devida credenciação.

Daniel Costa, ZAP // Lusa

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8 Comments

  1. Mas alguém fala da líder da extrema esquerda?? Porque é que um partido chamado Partido Socialista Revolucionário (PSR) que conjuntamente com mais dois da mesma ideologia, formam o tal Bloco de Esquerda, não é considerado de extrema esquerda? Qual é o fascínio em relação ao Chega?

    • Tem toda a razão. O Bloco de Esquerda é tão perigoso e anti-democrático como o Chega. O PCP a mesma coisa. Todos juntos valem 25% dos votos, ou seja, temos 25% de Portugueses que nada sabem de História ou que simplesmente não querem viver em liberdade.
      Dito isto, reforço: o Chega é um partido perigosíssimo liderado por um político extremamente hábil e inteligente. Não se deixem enganar.

  2. Pode parecer duro… mas a democracia que temos vivido também é uma ilusão… O PS, PSD e em bom rigor, todos os outros partidos que tiveram voz, têm enganado os Portugueses e feito o que bem querem e lhes apetece!! Tem sido uma ditadura de um grupo de influentes em disfarçada de democracia… em desfavor da real maioria dos portugueses que só quer viver com dignidade, segurança e estabilidade…

    Anda tudo com medo do Cega e do Ventura, porque tem abanado com o sistema podre instituido!

    De facto temos demasiados impostos! E de facto o justo é que todos paguem a mesma percentagem!! Se ganharem pouco pagam pouco ou nada, se ganharem muito pagam o muito equivalente! Durante centenas ou milhares de anos, em todo o mundo, pagou-se a dízima ( 10% ) e mesmo assim ficaram monumentos e impérios construidos!!

    De facto é necessária uma verdadeira democracia!

    • Não descordadando do resto, é preciso ser-se mesmo muito crente em “sinais do céu” para falar em “verdadeira democracia” numa notícia que envolve a Le Pen/Chega!…

  3. Talvez se o Chega, algum dia, chegar a ser governo venha a verdadeira democracia ! Porque, através dos mecanismos que ele porá ao seu dispor, não saberemos nunca as trapalhadas que se irão passar, nem quantos serão os que vão para os campos de concentração!! Vai tudo correr sobre rodas!! Parece-me que os jornalistas e os repórteres são os primeiros a eliminar! Não haver na conferência de imprensa condições sanitárias é o cúmulo do desrespeito!!. Foi este o espaço escolhido para receber a madame LE PEN? Ela não merecia mais!!

    • “Sinal do céu” deste género houve ainda há pouco no Brasil e nos EUA… e o resultado está à vista!…
      Conclusão: do céu nunca vem “bom sinal”!!

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