Lavar as mãos nos aeroportos pode ajudar a travar epidemias virais

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A disseminação de epidemias virais poderia reduzir-se de forma significativa se os aeroportos tivessem uma melhor higienizarão das mãos.

De acordo com uma nova investigação, cujos resultados foram publicados recentemente na revista científica Risk Analysis, lavar bem as mãos pode ser o segredo para ajudar a travar este tipo de surtos, como é o caso do Covid-19, o novo coronavírus oriundo da China que já matou mais de mil pessoas desde o fim do ano passado.

Os cientistas descobriram agora que se existisse uma melhor lavagem de mãos em apenas dez dos aeroportos internacionais mais importantes do mundo a taxa de propagação de uma determinada doença contagiosa cairia significativamente, de 45% para 37% – uma diferença de oito pontos percentuais.

As estimativas levadas a cabo pela equipa mostram que quanto melhor e mais alargada for a limpeza de mãos nos aeroportos de todo o mundo, menor seria a taxa de propagação.

“Os nossos resultados sugerem que, se pudéssemos aumentar o nível de limpeza de mãos em todos os aeroportos do mundo de 20% para 30%, uma potencial doença infecciosa teria um impacto 24% menor“, escreveram os autores.

E apontam um outro cenário: “Aumentar o nível de limpeza das mãos para 60% em todos os aeroportos do mundo implicaria uma redução de 69% no impacto de uma possível propagação de doenças contagiosas”, acrescentaram, citados pelo portal Science Alert.

“O envolvimento da população com a higiene de mãos adequada pode ser uma solução simples e eficaz para prevenir a transmissão de infeções e reduzir o risco de pandemias globais”, consideram ainda os autores.

Uma outra investigação, publicada em meados de 2018 na BMC Infectious Diseases, dava já conta que os aeroportos podem ser autênticos viveiros para germes.

Os cientistas apontaram as bandejas de plástico, que são diariamente utilizadas por milhares de passageiros nas zonas de segurança dos aeroportos, como as superfícies mais sujas e potencialmente perigosas para a saúde.

Os autores do estudo deixaram recomendações para os passageiros funcionários aeroportuários, apelando a um especial cuidado com a higienizarão das mãos, bem como cuidados para evitar a disseminação de vírus quando se espirra ou se tosse.