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Lar de Reguengos continua a cometer os mesmos erros que levaram ao surto

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Pedro Sarmento Costa / Lusa

Dois meses depois do início do surto em Reguengos de Monsaraz, o lar continua a cometer os mesmo erros. As desconformidades foram reveladas numa vistoria feita no final de agosto.

O surto de Reguengos de Monsaraz, detetado em 18 de junho, provocou 162 casos de infeção, a maior parte no lar (80 utentes e 26 profissionais), mas também 56 pessoas da comunidade, tendo morrido 18 pessoas (16 utentes e uma funcionária do lar e um homem da comunidade).

Dois meses depois, numa vistoria feita a 24 de agosto por uma equipa da Segurança Social, Protecção Civil e Saúde Pública, foram identificados os mesmos erros que levaram ao inicialmente ao surto.

A revista Sábado teve acesso ao relatório da vistoria e sabe que foram detetadas 16 desconformidades no sistema de prevenção de propagação do novo coronavírus da instituição.

Entre os erros detetados destaca-se a ausência de zonas de isolamento, a falta de planos de contingência e a falta de trabalhadores divididos por turnos. Por sua vez, não há o cumprimento dos procedimentos que asseguram que é medida a febre a todos os funcionários antes de entrarem ao serviço.

“Não se verifica o cumprimento das medidas de proteção individual e coletiva pelos colaboradores e utentes”, lê-se no relatório. “Não se encontra implementado um modelo de gestão de equipas que minimize o contágio entre colaboradores”.

A Sábado não conseguiu entrar em contacto com o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz e presidente do lar, José Calixto. O Ministério da Solidariedade e da Segurança Social não respondeu às perguntas da revista.

ZAP //

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