Labradores são os cães mais “burros”

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Estudo nórdico envolveu mais de um milhar de cães, de 13 raças. Os Labradores Retrievers tiveram os piores resultados nos testes.

Mais de 1.000 cães, 13 raças. 10 testes e diversas características avaliadas: nível de actividade, comportamento na exploração, controlo inibitório, capacidade de resolução de problemas, raciocínio lógico e memória de curto prazo.

Foi esta a base para um estudo realizado por uma equipa da Universidade da Helsínquia, capital da Finlândia, publicado na semana passada na revista Scientific Reports. Foram quase seis anos de testes, com cães entre um e oito anos de idade.

Um exercício tentou avaliar a cognição social. O humano utilizava diversos gestos, na direcção de uma tigela que tinha comida – tanto podia ser um apontar bem óbvio, como um olhar discreto, para ver o que o cão percebia.

Noutro exercício, um teste de raciocínio lógico, o cão via à sua frente duas tigelas ao contrário e um doce. Mas depois era colocado um obstáculo pelo meio, para deixar de ver as tigelas; nesse momento o homem tapava o doce com uma das tigelas e levantava a outra, para mostrar que estava vazia – se o cão percebesse que o doce estava na outra tigela, comia.

Entre as raças estudadas estiveram: Border Collie, Malinois Belga, Cocker Spaniel Inglês, Pastor Alemão, Golden Retriever, Labrador Retriever e “raça mista”.

Foi provavelmente o maior estudo de laboratório sobre inteligência canina já realizado, escreve o portal Big Think.

Em relação à memória de memória de curto prazo e raciocínio lógico, poucas diferenças entre as raças.

Já em relação à cognição social, controlo inibitório e capacidade de resolução de problemas, aí sim, houve diferenças evidentes.

Melhores resultados: Border Collies – que já tinham a reputação de “cães inteligentes”.

Piores resultados: Labradores Retrievers, que ficaram perto ou mesmo no último lugar em todos os testes de resolução de problemas e controlo inibitório.

Os labradores são vistos como bons amigos e leais, mas geralmente não são considerados os mais inteligentes. E este estudo traz mais um argumento nesse sentido.

No entanto, os investigadores lembram – e bem – que há a possibilidade de estas diferenças entre os cães nada terem a ver com raças, mas sim com a experiência de vida de cada um, com o contexto de cada um, ou com o treino que tiveram.

ZAP //

8 Comments

  1. Embora não seja um perito em canídeos, após ter conhecido uma Labrador Retriever, que tinha um meu cunhado cego, ponho em dúvida os resultados deste estudo. Pergunto qual a razão para escolherem esta raça para cães guia de cego e de invisuais?

    • Pois é claro, uma pessoa conhece o Labrador da prima do motorista da vizinha do cunhado cego e fica logo com dados suficientes para questionar um estudo científico.

  2. Tenho e tive Labradores e discordo do resultado do estudo que efectuaram. Também pergunto, qual é o critério seguido para a escolha desta raça para cães guia para invisuais????

    • Não estou a perceber. Tinhas Labradores e discordas porque eram mais espertos do que quais outros que também tinhas? E que testes fizeste para comparar a inteligência desses teus Labradores com pelo menos uma raça que fosse mais burrinha? Ou discordas dos resultados de um estudo científico só porque não te agrada que um estudo te diga que tens cães burrinhos?
      Quanto ao critério para a escolha da raça, até me custa ter que responder.
      Se calhar, o primeiro critério para um cão guia não é, nem tem que ser, a inteligência. Que tal a serenidade ou o porte?
      Mas claro que agora que alguém se dedicou a estudar a inteligência das raças de cães e publicou as suas conclusões num estudo, talvez se comece a escolher para guias uma raça que seja igualmente serena, tenha porte semelhante, preencha qualquer que seja o critério essencial para ser um bom cão guia — mas que seja um niquinho mais esperto que um Labrador.

  3. Tenho uma Labradora e de parva/burra não tem nada já tive 6 cães todos Rafeiros e todos eles com a sua esperteza diferente uns dos outros por isso ponho em causa este estudo (?).

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