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Cancro: maioria dos portugueses vive no mínimo mais 5 anos. Glândula tiroideia destaca-se

Os cancros de mama e próstata têm a maior taxa de sobrevivência. Pessoas mais velhas morrem mais cedo.

A maioria dos portugueses que tem cancro vive, pelo menos, cinco anos depois do diagnóstico. São dados do Registo Oncológico Nacional (RON); o registo analisou quase 53 mil tumores malignos invasivos.

Os números relativos a 2023 mostram que praticamente dois terços (65%) têm uma taxa de sobrevivência de 65% a cinco anos, destaca o Jornal de Notícias.

Uma das maiores taxas verifica-se nos cancros da mama e da próstata (acima dos 90%); a taxa dos cancros de cólon e reto está nos 67% e no pulmão de 25%, ao fim de cinco anos.

Essa taxa mais baixa no cancro de pulmão será um factor essencial para as mulheres sobreviverem, em média, durante mais tempo do que os homens – há mais homens do que mulheres com cancro de pulmão.

“Os tipos de cancro mais comuns em mulheres apresentam maior sobrevivência do que os cancros mais comuns nos homens”, diz Maria José Bento, coordenadora do RON.

Alguns casos de cancro da mama e próstata apresentaram taxas de 90,4% e 96%, respectivamente.

Mas a taxa mais alta verifica-se na glândula tiroideia (97,4%), à frente de próstata (96%), lábio (95,1%), testículo (94,5%) e mama (feminina – 90,4%).

A mais baixa taxa de sobrevivência a cinco anos é no cancro do pâncreas (14,1%), seguida por mesotelioma (14,2%), esófago (15,5%) e cérebro (19,6%).

Há desigualdades em Portugal. As mais altas taxas de sobrevivência registaram-se no centro, no norte e na área metropolitana de Lisboa, todas com 66%. A taxa mais baixa verificou-se na Madeira, com 60%.

Portugal está “alinhado” com a sobrevivência apurada para a União Europeia, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

“Até tínhamos taxas mais altas e agora confirmámos que são altas. Estaremos no caminho certo com possibilidade para melhorar”, analisa Maria José Bento.

ZAP //

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