Loughborough University

Tem apenas 13 microns de largura, mas pode ajudar a melhorar a eficiência da computação. Este violino é música para os ouvidos dos cientistas.
Uma equipa de investigadores mais recentes técnicas de nanolitografia — gravar padrões em materiais à escala mais pequena possível — para criar um desenho de violino com apenas 13 microns de largura. É mais fino que um cabelo humano.
Se lhe parece uma piada estranha ou uma perda de tempo, está enganado. É uma peça bastante útil para a ciência. Como explica a Science Alert, a nova criação demonstra como poderá ser feita a próxima geração de dispositivos eletrónicos.
“Quando compreendermos como se comportam os materiais, podemos começar a aplicar esse conhecimento para desenvolver novas tecnologias, quer se trate de melhorar a eficiência da computação ou de encontrar novas formas de captar energia”, diz a física experimental Kelly Morrison, da Universidade de Loughborough.
“Mas, primeiro, precisamos de compreender a ciência fundamental e este sistema permite-nos fazer isso mesmo”.
O vídeo publicado pela equipa da Universidade de Loughborough explica que a construção deste violino foi feita através da utilização de uma agulha extremamente fina e aquecida para desenhar o padrão do violino num chip revestido com um polímero.
Apesar do seu minúsculo tamanho, a sua produção ocupa uma sala inteira. O equipamento inclui uma máquina de esculpir chamada NanoFrazor, que está encerrada numa caixa de luvas para manter afastado o pó e outras partículas.
“Estou muito entusiasmado com o nível de controlo e as possibilidades que temos com a instalação”, comenta Morrison. “Estou ansioso por ver o que consigo alcançar – mas também o que toda a gente consegue fazer com o sistema”.
“Embora a criação do violino mais pequeno do mundo possa parecer divertida, muito do que aprendemos no processo lançou as bases para a investigação que estamos agora a realizar”, afirma.
“O nosso sistema de nanolitografia permite-nos conceber experiências que investigam os materiais de diferentes formas — utilizando a luz, o magnetismo ou a eletricidade – e observar as suas reações.”