O Kremlin finalmente admitiu que o Presidente russo Vladimir Putin está a perdoar condenados que concordaram em lutar com o grupo Wagner na guerra da Ucrânia.
Esta sexta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o perdão aos condenados é realizado de acordo com a lei russa, avançou a agência TASS.
De acordo com o Business Insider, vários relatos indicam que os reclusos foram informados de que serão perdoados após seis meses de luta ao lado dos mercenários do Wagner, um grupo liderado por Yevgeny Prigoshin.
Algumas das sentenças são graves. Segundo um recente investigação da agência Reuters, alguns dos reclusos destacados foram condenados por assassinato e outros por roubo.
A lei russa prevê que só o Presidente tem autoridade para conceder indultos, mas até à declaração de Peskov o Kremlin tinha mantido silêncio sobre a forma como o grupo Wagner estava a obter perdões para os seus recrutas.
A notícia chega um dia após o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos ter classificado o Wagner como uma organização criminosa, estando o grupo associado a numerosos relatos de violações dos direitos humanos em diversos conflitos.
O papel que os reclusos estão a desempenhar na guerra veio à tona após Prigozhin ter sido foi filmado numa prisão a tentar recrutar prisioneiros. “Ninguém volta a ficar atrás das grades”, terá prometido na altura.
“Se servirem seis meses, estão livres”, terá explicado, indicando que seriam considerados homens entre os 22 e os 50 anos de idade. “Se chegarem à Ucrânia e decidirem, no primeiro dia, ‘estou num sítio onde não quero estar’, são designados desertores e segue-se uma execução pelo pelotão de fuzilamento”, referiu.
O vídeo, que circulou no Telegram, confirmou os relatos sobre visitas do grupo a prisões em várias regiões russas para recrutar reclusos.
A 17 de janeiro, Prigozhin declarou que uma quarta vaga de prisioneiros, que tinham completado os seus contratos com o grupo, tinha recebido o perdão.
Um antigo comandante do Wagner, Andrei Medvedev, que escapou do grupo e fugiu recentemente para a Noruega, descreveu como os reclusos são utilizados como “carne para canhão”.
Em outubro, a ativista russa dos direitos humanos Olga Romanova disse que mais de 20 mil prisioneiros tinham sido enviados para a guerra e que os elementos do Wagner tinham sido recrutados em colónias penais na Rússia e na zona dos Urais.
A ativista referiu ainda que, em agosto, estavam a ser recrutados prisioneiros que estavam em prisão preventiva e que ainda não tinham ido a julgamento.
Assassinos e Ladrões que perdoam Assassinos e Ladrões , para irem Assassinar e Roubar a Ucrânia e provavelmente a seguir outros Estados , não é novidade na Rússia Nazi !