Líder da Coreia do Norte tem noção de que a economia interna está numa “situação terrível” devido à “incapacidade de satisfazer as necessidades básicas das pessoas”.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou que a situação económica do país é “um grave problema político” e que este se encontra numa “situação terrível”, informou hoje a agência de notícias oficial KCNA.
“A incapacidade de satisfazer as necessidades básicas das pessoas localmente, incluindo a alimentação, tornou-se um problema político grave que o nosso partido nunca poderá ignorar”, disse Kim, numa reunião do Politburo no início da semana, de acordo com a KCNA.
Depois de o país ter sofrido um agravamento económico e alimentar depois da pandemia da covid-19, a economia do país encontra-se numa “situação terrível”, alertou o dirigente, acrescentando que faltam condições fundamentais e existem graves desequilíbrios.
Kim sublinhou a importância de desenvolver a economia nas áreas fora de Pyongyang, com a construção de fábricas modernizadas em todos os condados durante a próxima década.
“Existem graves desequilíbrios e enormes diferenças entre as regiões em termos de circunstâncias geográficas, potencial económico e condições de vida. Devem ser desenvolvidos planos específicos e métodos corretos com boas hipóteses de aplicação prática”, afirmou.
O líder norte-coreano prometeu ainda “fortes medidas de apoio estatal” para reduzir o fosso económico entre as cidades e as zonas rurais.
A Coreia do Norte depende fortemente do trabalho físico para manter a sua economia a funcionar, num momento em que os laços comerciais estão praticamente cortados com devido às sanções impostas pelo ocidente.
A Coreia do Norte enfrentou uma grave escassez de alimentos na sequência do encerramento das fronteiras durante a pandemia, de más colheitas e condições meteorológicas desfavoráveis, disseram observadores do país citados pela agência de notícias EFE.
Segundo afirmou em agosto do ano passado o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, muitos norte-coreanos “parecem estar a enfrentar fome extrema“.
No entanto, a situação alimentar terá melhorado nos últimos meses, com a reabertura gradual do comércio com a China, de acordo com os últimos dados das alfândegas chinesas.
Uma das razões estruturais por trás da quebra da economia norte-coreana é a acentuada quebra de natalidade no país nos últimos anos, que levou mesmo Kim Jon-un a apelar emocionadamente às mulheres coreanas que tenham mais filho.
“Parar o declínio nas taxas de natalidade e proporcionar bons cuidados e educação às crianças são todos assuntos de família que devemos resolver juntamente com as nossas mães”, disse Kim durante um discurso no Encontro Nacional de Mães.
Nos últimos anos, a economia norte-coreana conheceu entretanto um epifenómeno peculiar, com o surgimento de um “capitalismo de base” propulsionado pelo aparecimento de empreendedorismo feminino.
De acordo com um estudo recente, ao procurar excluir as mulheres da esfera pública e da economia formal, o governo da Coreia do Norte na verdade impulsionou-as a tornarem-se empreendedoras, com efeitos em cascata na sociedade — lançando uma “revolução no feminino” na Coreia do Norte.
ZAP // Lusa
O quê?! O Grande Líder está (finalmente) preocupado com a pobreza do povo?! Espectacular! E agora, vai invadir a Coreia do Sul para se apropriar das suas riquezas, como a Rússia fez na Ucrânia?
Não há dinheiro para alimentar o Povo, mas há para alimentar o arsenal nuclear!!!!
O comunismo dá nisto, no seu expoente maximo!