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O juiz Kavanaugh mostrou à América exatamente por que Trump o nomeou

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O juiz Brett Kavanaugh clamou nesta quinta-feira inocência e assegurou que não desiste da candidatura ao Supremo Tribunal apesar do testemunho da professora Christine Blasey Ford, que o acusa de agressão sexual em 1982.

“Ninguém me fará retirar do processo”, disse o conservador, de 53 anos, ao ser ouvido na Comissão Judicial do Senados já depois de Christine Blasey Ford ter sido ouvida. E reiterou: “Estou inocente“, sublinhando os efeitos da polémica para a sua família.

Para Kavanaugh, o seu processo de confirmação para um lugar vitalício no Supremo Tribunal norte-americano acabou por se tornar numa “vergonha nacional”.

“A minha família e a minha reputação foram destruídas para sempre”, disse. Kavanaugh denunciou o que considera ser um “golpe político orquestrado”, assegurando que não se deixará intimidar.

“Podem derrotar-me na votação final, mas nunca me farão desistir. Nunca”, disse.

Kavanaugh, que se engasgou e esteve por várias vezes à beira das lágrimas, “negou categoricamente” todas as acusações de Christine Blasey Ford, garantindo que nunca fez as coisas de que é acusado à professora, nem a nenhuma outra mulher.

Questionado sobre se tinha assistido ao testemunho da professora universitária, Kavanaugh assumiu que não. “Mas estava nos meus planos”, ressalvou. O juiz foi ainda várias vezes questionado sobre uma possível investigação do FBI.

“Está disposto a pedir ao FBI que lance uma investigação ao caso?”, questionou a democrata Kamala Harris, insistindo numa resposta de “sim” ou “não”. Kavanaugh voltou a contornar a questão, voltando por não responder. Face ao silêncio do conservador, a senadora acaba por assumir o “não”. Kavanaugh não a corrigiu.

Primeiro depoimento no Senado

Christine Blasey Ford, a primeira mulher que acusou publicamente Brett Kavanaugh de abusos sexuais, foi esta quinta-feira ouvida no Comité Judicial do Senado, órgão responsável pela avaliação e confirmação do candidato proposto por Trump.

Durante a audição pública transmitida em direto na televisão, a professora universitária de 51 anos afirmou que decidiu testemunhar porque acreditava que tinha esse “dever cívico”.

“Não estou aqui hoje porque quero, estou aterrorizada. Estou aqui porque sinto que é o meu dever cívico contar-vos o que aconteceu comigo quando Brett Kavanaugh e eu frequentávamos o secundário”, declarou.

Christine Blasey Ford acusa Brett Kavanaugh de tentar violá-la durante uma festa em 1982, quando ambos frequentavam o ensino secundário.

“Acreditei que ia violar-me”, declarou a professora universitária, num tom emocionado, segundo descreveram as agências internacionais. Ford garantiu não ter dúvidas sobre a identidade do agressor, sublinhando que sentiu que era sua responsabilidade contar toda a verdade.

Diante dos senadores, Christine Blasey Ford declarou que a agressão está gravada na sua memória e que a tem perseguido ao longo de todos estes anos. A professora universitária relatou que Kavanaugh, juntamente com outros rapazes, a empurrou para um quarto numa casa durante uma festa.

Na altura, o agora juiz empurrou-a para a cama, apalpou-a e tentou retirar-lhe a roupa. Quanto Ford tentou gritar, Kavanaugh tapou-lhe a boca com a mão. A par de Christine Blasey Ford, pelo menos outras duas mulheres acusaram publicamente, até ao momento, Brett Kavanaugh de má conduta sexual.

Elogios de Trump: “Foi por isso que o escolhi”

A reação do Presidente norte-americano não tardou em chegar. Através do Twitter, e após as oito horas de audições, Donald Trump reiterou o seu apoio a Kavanaugh, elogiando o seu testemunho “poderoso, honesto e firme”.

“O juiz Kavanaugh mostrou à América exatamente porque é que o nomeei. O seu testemunho foi poderoso, honesto e firme. A estratégia democrata de busca e destruição foi uma vergonha e este processo foi uma fraude total e uma tentativa de atrasar, obstruir e resistir. O Senado deve votar!”, escreveu Donald Trump.

Após as audições no Senado, o líder da Casa Branca mantém o apoio ao juiz por si nomeado, instando os senadores a votarem na sua confirmação. Sobre o testemunho de Ford em relação ao episódio de abuso sexual, Trump não se pronunciou.

A continuidade da nomeação do juiz é votada nesta sexta-feira. Kavanaugh precisa que todos os senadores republicanos votem a seu favor para chegar à Suprema Corte ou, caso não haja unanimidade dentro do partido, que algum democrata opte por indicá-lo.

ZAP // Lusa / EFE

18 Comments

  1. Levam no pito para subir na vida, calam-se anos a fio, e quando lhes oferecem mais uns dólares para fazer este papel, fazem-no sem problemas nenhuns.. Agora está na moda esta porcaria do assédio.. mas eu pergunto? Quando tentas conhecer alguém, ou quando conheceste a tua própria mulher ou marido pela primeira vez, sem teres ate então qualquer contacto com a pessoa isso tb não é assedio?!?!?
    Então meus queridos vamos TODOS, mas TODOS presos sem excepção.. Politiquices de m…

  2. …lol…lol… sem duvida que a derrota dos Socialistas Americanos custa a engolir !!! ainda não digeriram que perderam… lol…lol… agora quando a politica chega ao grau zero… preparem-se porque amanhã quando ganharem vai valer tudo !!! estamos a falar de dois jovens, um gajo de 17 anos e uma garota de 15 anos !!! isto do jornalismo rasca é no que dá !!! até ao ponto de levarem uma Mulher de 51 anos a expor esta palermice… que tristeza !!!

  3. Vi com muita atenção o depoimento do Sr. Kavanaugh e vi o da Srª Ford. É mais que evidente. A Sr.ª Ford não se lembra de nada, não sabe o ano, a data, a casa nem as pessoas. Só sabe que foi o Kavanaugh. Esta é a única prova da acusação a um homem que foi genuíno na sua indignação e revolta pela facilidade com que destroem a vida de uma pessoa com estes jogos políticos. A Sr.ª Ford nem se lembra de factos importantes ocorridos há poucos dias atrás, nem quem pagou o teste do polígrafo. Esta professora universitária é uma péssima actriz e transpira ares de problemas psiquiátricos. Esta acusação é um circo e uma farsa. Ao banalizar e instrumentalizar a acusação de assédio para fins políticos mostram o desprezo pelas pessoas que são vítimas na realidade. Quer se goste ou não do Sr. Trump, ninguém pode ficar indiferente a estas injustiças. Se houvesse inferno, os que orquestraram esta jogada tinham acabado de comprar o bilhete.

      • Obrigado. Uma mostra de bom senso e humildade. Ideologias políticas à parte, o que se está a passar é flagrante e desprezível. Claro, reconheço que os republicanos eram capazes do mesmo, e o meu desprezo seria o mesmo. A investigação do FBI é só para atrasar o processo (por isso ele nem respondeu). A vida e reputação do Kavanaugh é apenas um dano colateral. Ele parece uma pessoa sensata, de ideais, de bons princípios, pai de família, confiante e dedicado ao que acredita (quer se concorde ou não). Não nos podemos esquecer que qualquer dia podemos estar nessa situação. E eu reagiria com a mesma revolta e indignação que ele. Sinto essa verdade nele, contrastando com a falsidade e cinismo da acusação.

        • Ora essa, não precisas de agradecer!!
          A minha ideologia politica é muito própria e tanto posso concordar com medidas da extrema-esquerda, como da extrema-direita (depende do assunto)!
          O que me faz confusão neste caso é ver alguém aparecer agora, mais de 30 anos depois, falar de coisas que nem se lembra bem, passadas em festas de adolescentes com os copos e chegar a ponto de “teorizar” que na altura ele a poderia ter morto acidentalmente!
          Mais um pouco de “drama” e teria dito que achou que ele a queria cortar às postas e enterrar no jardim!…
          Enfim… é mesmo à filme de Hollywood – tudo mau demais!…
          Relativamente ao juiz não tenho opinião formada porque não tenho informação suficiente para tal.

  4. Prestem atenção… comunistas NUNCA aceitam perder… NÃO SABEM PERDER!!!

    Inventarão, inventarão, inventarão DE TUDO!!!

    Tal qual fazem para destruir Bolsonaro no Brasil… não aceitam perder, por isso tentam destruir Trump do mesmo jeito.

    Resumo: HIPÓCRITAS!!!

  5. O Presidente Trump tem sido uma fava na boca desta máfia mundial do Bilderberg, globalistas etc. Os resultados das suas politicas falam por si nos EUA ele vai ganhar novamente as próximas eleições e é triste que na falta de melhor argumentação usem assuntos de braguilha para tentar denegrir este grande patriota. É uma vergonha que o imbecil do Marcelinho que não passa de um chico esperto com boa memória ( que é diferente de inteligência) vá fazer as tristes figuras do seu discurso na ONU, o que vale é que dada a pulga ninguém lhe deu importância a não ser a comunicação portuguesa.

      • O Marcelo é um burro com boa memória que passa por muito inteligente, é manhoso chico esperto mas é um pacóvio vá ver os vídeos de quando ele foi à Inglaterra a postura dele perante a rainha que só faltou lamber o cu da rainha , homem sem dignidade! O Trump pode não ser culto mas é muito mas muito inteligente tão inteligente que os burros com memória que por aí populam não o conseguem derrotar apesar de todas as campanhas difamatórias e espere o novo procurador entrar em funções que vai ver os burros a chiar ainda mais, quando começarem a vir a lume todas as situações que andam por aí escondidas e que o Trump vai por cobro.

    • Concordo! Na qualidade de português, senti-me envergonhado pela postura do Sr. Marcelo na ONU. Não é mais do que um burocrata ao serviço de Bruxelas, mais preocupado com as selfies e condecorações do que em defender os interesses do país e dos portugueses, numa demanda patética pelo politicamente correcto e um nauseante “virtue signalling”.
      Ao contrário do que dizem, acho que o presidente Trump teve um discurso conciliador. Nacionalista? Claro, e muito bem, ele, ao menos, não esqueceu o juramento que todos fazem de defender o interesse na nação e dos cidadãos. Unilateralista? Isolacionista? Alguém com background empresarial obviamente só quer ajustar os acordos que considera injustos (NATO, acordos comerciais, etc.), e muito bem. A prova que são injustos é que vai conseguir novos acordos, aliás como já aboliu o NAFTA e conseguiu o acordo bilateral com o México. O Canadá não entrou porque tem o palerma do Trudeau a fazer-se difícil antes de se virar e baixar as calças…
      O Sr. Trump não só será reeleito como será dos melhores presidentes que os USA tiveram. O Hussein Obama II teve as rédeas durante 8 anos e não passou de mais um fantoche ao serviço do sistema. Será lembrado apenas como o primeiro presidente negro.

      • Aqui não consigo concordar!
        Envergonhado pelo postura do Marcelo porquê?!
        Eu gostei!!
        Foi honesto, coerente e disse o que genuinamente acredita!
        .
        Eu só vi partes do discurso de Trump, (no geral, dizem que foi bom), mas também me ri quando ele de tentou ficar com todos os louros do crescimento da economia americana. Além disso, os “ajustes” dele relativamente aos acordos, são mais imposições do que negociações e, obviamente, não é assim que a diplomacia funciona, principalmente com os parceiros/aliados da NATO, etc…
        Relativamente à dependência que a Alemanha tem dos gás russo, acertou na mouche!..
        Só o facto de, no mesmo dia em que a Alemanha “expulsava” diplomatas russos (em solidariedade com o Reino Unido pelo caso envenenamento do ex-espião russo), a Alemanha assinar um contrato com autoridades russas para fornecimento de gás, já diz muito sobre o que se passa!…

        • Caro Eu!
          Concordamos em discordar, parcialmente.
          O Sr. Marcelo foi, sim, coerente, na medida em que disse apenas o que fica bem. Chama-se ser politicamente correcto (PC), sinal de cobardia. Foi igualmente cobarde (boa imagem de Portugal) em preparar um discurso claramente centrado nas políticas do presidente Trump sem referir o seu nome. Tanto PC até enjoa. Criticar o presidente Trump não é ousadia. Faz parte da corrente geral na política e nos media. Só isso diz muita coisa…
          Os acordos não são imposições. Os USA têm maior poder negocial e usam-no, e muito bem. Tal como o acordo com a MEO ou NOS nos pode parecer injusto e abusador, mas fazemos o acordo. Ambos ganhamos, um ganha mais. Ou então não fazemos o acordo, nós decidimos. É assim que funciona o mundo. É a única forma de funcionar. Entre países também. E estimula os mais fracos a adquirirem poder negocial.
          Em contraste, imposições vemos na postura autoritária e chantagista da UE. Veja-se que querem obrigar os países (Hungria, Polónia, Itália) a participar no suicídio cultural colectivo da Europa com o acolhimento de imigração em massa de países do médio oriente e África. Esses governos não querem, e o povo não quer. Chama-se democracia, e também funciona bem, mas para a UE isso não importa, porque os outros é que são fascistas…

        • Fala por ti!!
          Nem todos os portugueses estão há espera de um “salvador” milagreiro louco; já bastou o que andou por aí há 2000 anos e que deixou um “bonito” legado…

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