Karl Lagerfeld: “Se não querem que vos baixem as calças, não sejam modelos”

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O designer não ficou calado e fez declarações sobre queixas de assédio sexual na indústria do cinema e da moda à revista francesa Número Magazine.

Karl Lagerfeld, designer de moda e responsável pela Fendi e Chanel, falou sobre as queixas de assédio sexual na indústria do cinema e da moda e deu o seu ponto de vista em entrevista à Número Magazine.

“Se não querem que vos baixem as calças, não sejam modelos! Juntem-se a um convento de freiras. Há sempre um lugar para vocês no convento. Eles até estão a recrutar”, afirmou Lagerfeld.

O designer, de 84 anos, critica o movimento #MeToo, nascido no ano passado depois de terem surgido diversas acusações de assédio sexual na indústria do cinema e da moda.

Foram duas as palavras que tomaram conta das redes sociais, sendo partilhadas vezes sem conta, tanto por mulheres como homens: “Me too” (“eu também” em inglês), uma hashtag para mostrar o número de pessoas a nível mundial que já sofreu algum tipo de agressão sexual.

A iniciativa começou depois das denúncias contra um dos produtores mais conhecidos e influentes de Hollywood, Harvey Weinstein, despedido da sua própria empresa e expulso da Academia de Cinema.

“Estou farto disso. O que me choca mais são as vedetas que demoraram 20 anos a lembrar-se do que aconteceu. Isto para não falar do facto de não haver testemunhas de acusação”, disse Lagerfeld, diretor criativo da marca com o seu nome.

“Não suporto o Sr. Harvey Weinstein. Tive um problema com ele na gala amfAR”, revelou, referindo-se ao produtor cinematográfico norte-americano, acusado de abuso sexual por centenas de mulheres.

Segundo o Jornal de Notícias, Lagerfeld acrescentou que movimentos como #MeToo e #Time”s Up tiveram claras consequências no seu mundo.

“Li em algum lado que agora temos de perguntar a uma modelo se ela se sente confortável a posar. É demasiado. De agora para a frente, como designer, não se pode fazer nada”, desabafou.

ZAP //

13 Comments

  1. Que boca mais foleira.
    Num instante, definiu que só entra para aquela atividade p*t*s e p***leiros.
    Quem o é não quer ser só…

  2. Nem oito nem oitenta, mas o gajo tem toda a razão nos momentos em que diz que “Estou farto disso. O que me choca mais são as vedetas que demoraram 20 anos a lembrar-se do que aconteceu. Isto para não falar do facto de não haver testemunhas de acusação”.

    Não defendendo porcos suinos como o Weinstein, Hollywood está cheio de surfistas que apanharam boleia desta onda de histería colectiva, para tirarem oportunísticamente partido disso, depois de terem passado décadas a apoiarem os ditos assediantes, quando oportunísticamente lhes convinha.

    Uma Thurman por exemplo, apesar de sempre ter sabido que Weinstein era um abusador sexual, continuou alegremente a trabalhar com ele durante sete filmes. Quando viu o predador no chão resolveu juntar-se ao pelotão de linchamento para lhe dar mais uns biqueiros, como se nunca tivesse sido cúmplice. Alguém que sempre soube, mas nunca falou e sempre ajudou ao seu sucesso. Se sabia e não concordava, o mínimo que fazia era recusar-se a trabalhar para ele. Mas pimenta no cú das outras era refresco para ela.

    Graças a este histerismo de caça às bruxas, caiu-se no exagero oposto. Com diz Lagerfeld, já nem são precisas testemunhas de acusação, basta uma mulher acordar mal dispona da costa e dizer “olha aquele gajo que vai ali assediou-me”… E pronto, está uma culpa formada e uma condenação contrânsito em julgado garantida. Da mesma forma, basta alguém escrever num teclado #meetoo, e já conta para as estatísticas como tendo sido assediada(o). Depois em contraste há gajos como o Trump que diz que as “grab them by the pussy” mas passa incólune por todas as acusações de assédio. É assim… Dois pesoas e duas medidas, sempre…

    Como diz Lagerfeld e bem: “Li em algum lado que agora temos de perguntar a uma modelo se ela se sente confortável a posar. É demasiado.” – há de facto muito exagero nisto tudo, mas mostra-nos a história que o ser humano só sabe funcionar a oito ou a oitenta, por isso geralmente resolvem-se males com coisas piores. Estamos perante um caso desses, até porque o “bom senso” dos extremismos, está na moda.

    • “basta uma mulher acordar mal dispona da costa e dizer “olha aquele gajo que vai ali assediou-me”…” Pois… Em Portugal, basta dizer que aqulele é pedófilo e todos acreditam, julgando-o. Basta dizer que é corrupto e é prontamente julgado na praça pública… caramba! Até já condenamos uma mãe de ter morto a sua filha, mas… nem existe o corpo (a prova que houve crime)!
      Tem toda a razão. Há uma histeria/moda á volta desta situação. Está-se a banalizar/instrumentalizar a violação. Está-se, ao mesmo tempo, a tirar credibilidade ás verdadeiras vítimas (as que não lucraram com o assédio ou violação). Está-se também a considerar que TUDO é assédio!
      Também nos esquecemos como muitos actores e actrizes “beneficiaram” desse “assédio” para subirem nas suas carreiras. Depois de estarem lá em cima é que acusam. Não sabia que a Uma tinha sido uma delas… Desceu muito na minha consideração (assim como outras). Curioso como não se houve homens a se queixar… Desde o cinema á moda, há muito assédio e “assédio” no sexo “mais forte”.

  3. O “coitado” do Renato tirava e metia a cabeca do “merda”

    Se o fazia e porque gostava.
    Ja pensou que se ele tenta-se ser modelo por merito proprio as tantas nao conseguiria…

  4. Elas na altura ficaram caladas,….. claro fazia jeito,… ainda não tinham carreira nem eram famosas,… sei perfeitamente que muitíssimas, se fazem ao bico para arranjar trabalho,….. AGORA que ja são conhecidas ou famosas, sem provas, acusam,…. assim é fácil,……
    Todos sabemos que muita coisa se faz para arranjar um emprego,…. e claro que existem os abusadores,……. mas todos têm telhados de vidro,…..
    Agora que estão a ser fundamentalistas ESTÂO.

  5. Enquanto as meninas e talvez meninos andam a comer à conta do orçamento anda tudo caladinho e bem contente com a profissão, quando possivelmente passam à reserva vêm denunciar os comilões que elas tantas vezes satisfizeram possivelmente a maior parte das vezes apenas por interesse monetário e nesta última cartada procuram passar por meninas sérias para sacar mais umas massas valentes, quando nos tribunais se passar a perguntar-lhes a idade com que começaram e quantos anos tudo isso durou e o aceitaram e saírem elas condenadas a pagar, então passaremos a ter muito menos oportunistas a abrir a boca.

  6. Faço das minhas palavras, as do MMQ, bem falado não é preciso dizer mais nada, só acrescentar que o Renato, e outros Renatos e Renatas, querem logo ter tudo e não a construir e teve uns pais que sabiam de tudo e nunca o guiaram como devia ser, ficaram também inaltecidos com a carreira dele fechando os olhos ao que todos nós sabemos.

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