O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, considerado culpado pela Justiça por ter mantido relações sexuais com uma prostituta menor de 18 anos em junho, falsificou provas e corrompeu dezenas de testemunhas numa tentativa de escapar da prisão, informou o tribunal italiano esta quinta-feira (21).
Os juízes descobriram “delinquência persistente… que consiste na falsificação sistemática de evidências… e no pagamento de testemunhas“, informou o tribunal num resumo da sua decisão de condenar o ex-chefe de governo a sete anos de prisão e impedi-lo de ocupar cargos públicos.
Berlusconi teria planeado a “exibição sexual de jovens mulheres”, que viria a ser conhecida como “as tão faladas sessões Bunga Bunga, em que mulheres competiam pelo ex-primeiro-ministro”, relatou o tribunal.
O julgamento, que durou dois anos, apresentou uma série de alegações sobre festas na mansão de Berlusconi, como strippers vestidas de freiras e jogos eróticos com raparigas em topless.
O ex-primeiro-ministro italiano foi considerado culpado, em junho, pelo pagamento por sexo em diversas ocasiões com a marroquina Karima El-Mahroug, uma dançarina erótica de 17 anos conhecida como “Ruby“. Ela teria recebido dinheiro e jóias em troca de favores sexuais para Berlusconi. A Justiça ainda afirmou que o ex-primeiro-ministro sabia que “Ruby” era menor de 18 anos.
Berlusconi nega as acusações.
MA / AE / DJ