Em apenas dois meses, as comissões de proteção de menores registaram 34 situações com eventuais ligações ao jogo “Baleia Azul”. De acordo com informação avançada pelo Jornal de Notícias, oito casos estão confirmados.
A 23 de maio deste ano estavam sinalizadas apenas dez situações, sendo que nenhuma estava confirmada. Os casos tratavam-se de crianças ou jovens que alegadamente poderiam estar ligadas ao jogo “Baleia Azul”.
Desde essa data e até à passada segunda-feira, segundo o Jornal de Notícias, a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens relatou ao Ministério Público 34 novos casos.
O jogo tornou-se motivo de preocupação em diferentes países e consiste numa série de 50 desafios diários enviados ao participante por um mentor ou “curador”, como são chamados no jogo.
As tarefas vão desde o mais básico, como desenhar uma baleia azul numa folha de papel até outras muito mais mórbidas, como cortar os lábios ou furar a palma da mão diversas vezes. Como desafio final, o jogador enfrenta o suicídio.
O desafio da “Baleia Azul” herdou o seu nome a partir da forma como as baleias azuis (Balaenoptera musculus) encalham na praia, de forma deliberada, para se suicidarem.
A popularidade do desafio espalhou-se para fora da Rússia, com relatos de tentativas de suicídio relacionadas com o jogo em diversos países.