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Juros baixos vão permitir ao Estado poupar mil milhões de euros

partidosocialista / Flickr

O primeiro-ministro, António Costa, com o ministro das Finanças, Mário Centeno

A redução nas taxas de juro da dívida pública vai permitir ao Estado poupar, de 2016 até final de 2019, cerca de mil milhões de euros. Só em 2019, o país deverá poupar em juros a pagar pela dívida pública mais de 190 milhões de euros.

A redução acentuada nas taxas de juro da dívida pública vai permitir ao Estado poupar, de 2016 até final de 2019, cerca de mil milhões de euros na despesa com juros, avança esta segunda-feira o Correio da Manhã, que explica que esta poupança acontece apesar de o montante total da dívida direta do Estado continuar a aumentar.

Em maio, a dívida ultrapassou os 252,2 mil milhões de euros. Apesar disso, para 2019, está prevista uma poupança em juros na ordem dos 191 milhões de euros.

O impacto da descida da taxa de juro da dívida pública na redução da despesa é bem visível nos primeiros cinco meses deste ano. Os encargos com os juros totalizavam, no período de janeiro a maio, segundo os dados da Direção-Geral do Orçamento, cerca de 3,64 mil milhões de euros; mas no mesmo período de 2018, quando a dívida atingiu 246,3 mil milhões de euros no final de maio, a despesa com juros ascendeu a 3,73 mil milhões de euros.

Isto significa que nos primeiros cinco meses deste ano, apesar de a dívida direta do Estado ser mais elevada do que em igual período de 2018, o Estado gastou menos cerca de 90 milhões euros com juros.

“Portugal deve aproveitar esta folga para reduzir a dívida do Estado”, disse ao CM Filipe Silva, diretor de gestão de ativos do Banco Carregosa, acrescentando que, face`à crise financeira que o país atravessou, “ninguém imaginava que íamos ter taxas de juro negativas na dívida pública”.

Os dados da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, que constam no relatório anual de 2017, revelam que graças à redução do custo da dívida Portugal começou a obter poupanças nos encargos com juros em 2016, quando gastou menos 285 milhões de euros.

O IGCP atribui esta poupança na despesa com juros à “redução da taxa de juro implícita [na dívida].”

ZAP //

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