Jurista nomeado para o Conselho de Ministros favorecido por arguido do caso vistos gold

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Philippe Put / Flickr

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O jurista, recentemente nomeado chefe de gabinete do secretário de Estado do Conselho de Ministros, foi apanhado nas escutas do caso vistos gold a ser ajudado pelo então presidente do IRN.

A história é avançada pelo jornal Público, segundo a qual Luís Goes Pinheiro, recentemente nomeado chefe de gabinete do secretário de Estado do Conselho de Ministros, foi apanhado nas escutas do processo dos vistos gold.

O jurista e militante socialista foi apanhado pelas escutas em conversas com António Figueiredo, um dos principais arguidos do caso e que, na altura, era presidente do Instituto dos Registos e Notariado.

Goes Pinheiro já tinha concorrido em 2014 a vários cargos dirigentes da administração pública, quando recebeu o telefonema do então presidente do IRN a dizer-lhe que ia dar “uma indicaçãozinha” a seu favor a um membro da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap).

Esse membro era, segundo o Público, Maria Antónia Anes, também arguida no mesmo processo por ser apanhada nas escutas a manipular vários concursos, tanto neste como noutros casos, para favorecer conhecidos.

Seguem-se aos telefonemas duas entrevistas na Cresap, uma para “vice” de António Figueiredo e outra para seu vogal. De acordo com o jornal, o jurista recebeu e pediu várias dicas do então presidente do IRN sobre como devia proceder para ser bem sucedido. No final do dia, António Figueiredo chega mesmo a dizer-lhe que “está tudo controlado”.

O jurista, que nunca foi constituído arguido no processo, tendo sido apenas ouvido pelas autoridades como testemunha, nega ter pedido ajuda para os cargos a que concorreu e diz que sempre viu o contacto com António Figueiredo como meras conversas de cortesia.

“António Figueiredo soube das minhas candidaturas ao IRN por terceiros e não por mim. Nenhum destes contactos foi promovido ou estimulado por mim, sendo certo que ninguém consegue controlar aquilo que os outros lhe dizem”, comentou o jurista, que não chegou a ser escolhido para os cargos.

Contactada pelo jornal sobre esta situação, a Presidência do Conselho de Ministros limitou-se a dizer que já sabia aquilo que era “do conhecimento público”.

ZAP

1 Comment

  1. Neste país de regabofe, só os corruptos e seus lacaios tem acesso aos melhores empregos,vulgo tachos. É só compadrio .Se esse jurista nomeado agora, tiver um pingo de honestidade e integridade moral, pura e simplesmente demite-se.

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