Jurista controverso e magnata preso na frente das presidenciais da Tunísia

O controverso jurista Kaïes Said afirma que está na “pole position” para vencer as presidenciais na Tunísia, citando dados de uma sondagem feita à boca das urnas no domingo.

Mas não é o único. Por outro lado, o magnata da comunicação social Nabil Karoui, que está em prisão preventiva por alegada corrupção, também diz que vai à segunda volta.

Said, que é contra a homossexualidade e defende a pena de morte, terá conseguido 19,5% dos votos, de acordo com o jornal espanhol El País. Karoui terá ficado com cerca de 15% dos votos dos eleitores tunisinos.

A segunda ronda de votações acontece a 13 de outubro. Fora dela já está Abdel Fatah Mouro, presidente interino do parlamento e fundador do partido islâmico conservador “Ennahda”. O atual primeiro-ministro da Tunísia, Youssef Chahed, também concorreu para presidente, mas um aumento do custo de vida no país e uma economia fraca prejudicaram a sua popularidade. Segundo a France 24, Chaded tem sido acusado de estar por detrás da prisão de Karoui, devido a motivos políticos.

A primeira volta das presidenciais antecipadas da Tunísia decorreu no domingo e, segundo o chefe da equipa de observadores da União Europeia, Fábio Castaldo, decorreram em clima de normalidade. Inicialmente previsto para 17 de novembro, o escrutínio foi antecipado após a morte do Presidente Béji Caid Essebsi, em 25 de julho. Nas vésperas do escrutínio permanecia a incerteza e todos os cenários estavam em aberto devido à forte indecisão do eleitorado.

Este domingo, afluíram às urnas mais de sete milhões de tunisinos, naquelas que são as segundas eleições presidenciais livres desde 2011, ano em que caiu a ditadura de Zinedin el Abedin Ben Ali. Inicialmente previsto para 17 de novembro, o escrutínio foi antecipado após a morte do Presidente Béji Caid Essebsi, em 25 de julho.

Entre os candidatos, dois já foram primeiros-ministros e oito, incluindo o chefe do governo, membros ou próximos do partido Nidaa Tounes, vencedor das legislativas em 2014, atualmente em desagregação, sem apresentar candidato e limitando-se a apoiar o ministro da Defesa, Abdelkarim Zbidi.

Duas mulheres estão também entre os candidatos: a advogada anti-islamita Abir Moussi, que reivindica a herança do antigo regime do ditador Zine el Abidine Ben Ali e é defensora de um Estado “forte”, e uma antiga ministra, Salma Elloumi.

Uma eventual segunda volta será realizada a 13 ou 20 de outubro.

ZAP // Lusa

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