Jürgen Conings foi encontrado morto. O militar de extrema-direita estava em fuga após ameaçar um virologista, na Bélgica.
O militar de extrema-direita Jürgen Conings, que estava em fuga após ameaçar um virologista, na Bélgica, “foi encontrado morto”, anunciou este domingo a ministra belga da Defesa, Ludivine Dedonder, confirmando a identidade do cadáver descoberto na zona leste do país.
A confirmação surge na sequência de um comunicado de imprensa da procuradoria federal belga que indicava que, “de acordo com os primeiros elementos da investigação”, o corpo encontrado no leste da Bélgica é do militar Jürgen Conings, “desaparecido desde 17 de maio de 2021” e procurado há mais de um mês.
“A descoberta do corpo sem vida põe fim a cinco semanas de insegurança e ameaça”, afirmaram a ministra Ludivine Dedonder e o chefe da defesa das Forças Armadas belgas, Michel Hofman, num comunicado conjunto.
De acordo com a agência AFP, as primeiras informações atribuem a causa da morte a um suicídio por arma de fogo, situação que deverá ser confirmada por perícia forense, explicou a procuradoria.
Este caso abalou a defesa do país, por causa das falhas na vigilância de elementos radicalizados dentro do exército belga.
Considerado perigoso, o militar de extrema-direita, de 46 anos, estava registado pela organização belga de análise da ameaça terrorista (Ocam), e era suspeito de querer atacar representantes do Estado belga e o virologista belga Marc Van Ranst, um especialista em destaque devido à pandemia de Covid-19.
O militar ainda tinha acesso a armas e munições, inclusive quatro lança-foguetes antitanque e suas munições, que foram encontrados dentro do seu veículo abandonado, e provavelmente estava na posse de armamento mais leve durante a fuga.
O corpo foi encontrado na floresta da cidade belga de Dilsen-Stockem, numa área onde foram feitas buscas após a descoberta do seu veículo abandonado.
Em 25 de maio, a ministra belga da Defesa expressou preocupação com a mobilização nas redes sociais de membros e antigos membros do Exército, a favor do militar de extrema-direita em fuga, após fazer ameaças contra um virologista.
“Apoiá-lo é apoiar um homem que ameaça ferir e matar pessoas inocentes. É lamentável que alguns soldados ou ex-militares tenham demonstrado o seu apoio. Eles prejudicam a reputação e a honra dos 25.000 homens e mulheres que fazem parte da Defesa”, afirmou Dedonder, referindo-se também a uma onda de “apoio preocupante” na Internet.
A fuga de Conings desprestigiou as autoridades belgas, uma vez que este militar experiente conseguiu não só enganar outros militares e agentes da polícia, como também teve tempo de armazenar várias armas de grande calibre em armazéns, antes de desaparecer.
Na sequência das ameaças de que foi alvo, o virologista Marc Van Ranst e a sua família foram forçados a esconderem-se. O especialista tornou-se um rosto muito familiar na Bélgica durante a pandemia, fazia várias aparições nos meios de comunicação e defendia as vacinas contra a doença e a imposição de restrições para controlar os contágios.
ZAP // Lusa
Un perigo a menos na Sociedade !….infelizmente ainda sobram muitos !