Islam El Shehaby foi expulso dos Jogos Olímpicos por ter recusado apertar a mão do adversário israelita no final da prova.
O judoca Islam El Shehaby, de nacionalidade egípcia, não vai competir mais nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e já foi mandado para casa pela própria delegação do país, escreve o The Guardian.
Em causa está a sua atitude no final da prova dos quartos-de-final da passada sexta-feira, quando se recusou a apertar a mão do seu adversário, o israelita Or Sasson.
O egípcio, que perdeu o combate na categoria de +100 kg, também já tinha sido repreendido pelo Comité Olímpico Internacional.
De acordo com o jornal britânico, a entidade admitiu que as regras da modalidade não obrigam os atletas a apertar as mãos mas considerou que a atitude de El Shehaby foi contra as “regras de fair-play” e “do espírito de amizade” promovido no evento desportivo.
“O Comité Olímpico Egípcio também condenou fortemente a atitude do senhor Islam El Shehaby e mandou-o para casa”, afirmou o COI num comunicado esta segunda-feira.
Além destes dois organismos, o egípcio também foi castigado pelo próprio público que se encontrava a assistir ao combate, tendo sido assobiado e vaiado pela multidão.
Segundo o jornal britânico, o egípcio já teria sido pressionado pelos seus fãs nas redes sociais a não comparecer ao encontro com o adversário israelita, que acabou por ganhar a medalha de bronze.
“Apertar a mão do adversário não está escrito nas regras do judo. Isso acontece entre amigos e ele não é meu amigo“, afirmou o atleta de 32 anos.
“Não tenho problemas com pessoas judias ou com qualquer outra religião e diferentes crenças. Mas, por razões pessoais, não me podem pedir para apertar a mão a uma pessoa daquele estado, especialmente à frente de todo o mundo”, disse.
O Egipto foi, em 1979, o primeiro país árabe a fazer as pazes com Israel mas o tratado de paz continua bastante impopular entre muitos egípcios.
ZAP
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Concerteza que é bem expulso.
Não se conhecem as razões por trás daquela atitude mas, atleta que vá aos Jogos Olimpicos, tem obrigação de saber que este evento tem na sua essência a amizade entre os países/povos, numa disputa desportiva saudável. A partir do momento em que um cidadão viola este espirito então, seguramente, nao está lá a fazer nada.