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As 12 crianças e o treinador que passaram quase duas semanas dentro da gruta Tham Luang, na Tailândia, podem ter contraído uma doença potencialmente grave, que pode até ser mortal.
Resgate na Tailândia
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Neste momento, os rapazes resgatados encontram-se ainda hospitalizados, sendo submetidos a exames médicos para confirmar se contraíram histoplasmose, durante o tempo que passaram dentro da gruta, de acordo com o Correio da Manhã.
A histoplasmose é uma patologia provocada pela inalação de esporos com origem em dejetos de aves, morcegos e fungos. As células reprodutivas presentes nestes fungos vivem sobretudos em ambientes muito húmidos que são favoráveis a reprodução e, por isso, esta patologia é também conhecida como “doença da gruta”.
A infeção por histoplasmose pode permanecer inativa até 17 dias após ser contraída, dificultando assim o diagnóstico da doença. Em alguns casos, a “doença da gruta” pode manifestar-se 10 dias após o contágio.
Na grande maioria dos casos, esta doença não requer muito tratamento no entanto, pode tratar-se de uma grave infeção quando o doente se encontra mais debilitado e com o sistema imunitário fragilizado, como é o casos das crianças resgatadas.
Em casos nos quais a “doença da gruta” se desenvolve muito rapidamente, a patologia pode levar a outras doenças como a pneumonia, meningite e até tornar-se letal ao afetar o normal funcionamento das glândulas supra-renais, coração e pulmões.
Esta infeção desperta sintomas semelhantes aos da tuberculose, como falta de ar e tosse com sangue. Nos casos mais graves, podem sentir-se febres altas, dores de cabeça e rigidez no pescoço – causada devido ao inchaço que surge na zona do cérebro e na espinha dorsal.
Até ao momento, as análises realizadas aos resgatados ainda não foram conclusivas no sentido de perceber se algum rapaz contraiu a doença, mas sabe-se que em alguns rapazes foram diagnosticadas infeções pulmonares.
Crianças foram sedadas durante o resgate
De acordo com os mergulhadores e outros envolvidos nas operações de resgate, os 12 jovens foram sedados antes de serem retirados de caverna. As autoridades negam, explicando que adolescentes receberam apenas tranquilizantes.
A equipa envolvida no resgate disse, em declarações à BBC, que os 12 rapazes foram fortemente sedados para evitar que entrassem em pânico durante o resgate.
Durante a missão de salvamento, os rapazes foram presos a um dos dois mergulhadores que os acompanhavam durante o percurso difícil da caverna, sendo depois colocados em cima de uma maca, de forma a serem conduzidos pelas áreas não submersas até à superfície, de acordo com as fontes citadas pelo DW.
Um mergulhador tailandês confirmou à AFP que os jovens foram sedados e amarrados a macas para serem transportados pelas passagens estreitas da caverna. De acordo com o mergulhador, os jovens estavam adormecidos ou parcialmente conscientes durante o resgate e o seu estado de saúde foi sendo monitorizado por médicos ao longo de todo o trajeto.
“Alguns deles estavam a dormir, outros mexiam os dedos, meio zonzos, mas estavam a respirar”, afirmou Chaiyananta Peeranarong, um ex-mergulhador da Marinha tailandesa que participou do resgate, não confirmando, no entanto, se o treinador – o único adulto preso na caverna – também precisou de ser sedado.
As primeiras imagens das crianças após os resgate foram divulgadas nesta quarta-feira pela televisão tailandesa, onde é possível ver a equipa de futebol juvenil Wild Boars sentados em macas e com máscaras nos rostos.
Um médico do Ministério da Saúde da Tailândia afirmou que os primeiros quatro menores resgatados vão receber alta no próximo domingo. Segundo o médico, o primeiro grupo de rapazes, de 14 a 16 anos, já come normalmente e dorme bem, sem que haja a necessidade de recorrer a sedativos.
“Podem ter contraído” uma coisa “potencialmente” mortal!!
Que notícia fantástica. Podem devolver-me o tempo que perdi a vir aqui?
Não! Agora é nosso!