José Manuel Coelho pediu asilo político (ao ilhéu da Pontinha)

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O deputado madeirense não quer cumprir a pena de prisão efetiva a que foi condenado, em janeiro passado, por isso espera encontrar asilo político no ilhéu da Pontinha, rochedo situado a cerca de 70 metros da ilha da Madeira.

José Manuel Coelho foi, no final de janeiro, condenado a um ano de prisão efetiva pelo Tribunal da Relação de Lisboa, cumprível ao fim-de-semana, num processo interposto pelo advogado António Garcia Pereira.

Em causa estão declarações, proferidas em 2011, nas quais afirmou que o ex-dirigente do PCTP/MRPP, era um “agente da CIA” e que fazia “processos aos democratas da Madeira”, a pedido de Alberto João Jardim, ex-presidente do Governo Regional.

Agora, de acordo com a TVI, o deputado madeirense encontrou uma forma de contornar a justiça e a pena de prisão decretada pelo Tribunal da Relação de Lisboa.

José Manuel Coelho pediu asilo político ao principado do ilhéu da Pontinha, que é nada mais nada menos do que um rochedo situado a cerca de 70 metros da ilha da Madeira.

O seu proprietário ou “príncipe”, Renato Barros, ficou conhecido, em junho do ano passado, graças ao documentário “Um sonho soberano”.

A obra cinematográfica relata o “sonho” deste Príncipe Renato II, O Justo, conforme se auto-denomina, que comprou o ilhéu, em 2000, e que, em 2007, declarou a sua independência do nosso país.

Principado Ilhéu da Pontinha / Facebook

Ilhéu da Pontinha, na Madeira

Ilhéu da Pontinha, na Madeira

“Venho para aqui. Refugio-me aqui e a polícia da República portuguesa não me pode prender. O mandado de captura aqui não funciona porque isto não é território nacional”, afirmou o deputado ao canal televisivo.

O auto-proclamado príncipe do ilhéu da Pontinha recebeu o deputado de braços abertos e já prometeu proteção total ao seu conterrâneo.

Aqui a polícia portuguesa não entra, só se entrar à força, naturalmente, porque eles sabem que não podem entrar”, declarou.

“Isto não é português. O principado do ilhéu da Pontinha, à luz do direito internacional, é efetivamente um país, não importa o tamanho”, acrescenta.

Recorde-se que o deputado madeirense também já recorreu da decisão ao Supremo Tribunal de Justiça.

ZAP //

12 Comments

  1. Só com uma “peça destas”…
    Um principado dentro de portugal… só por graça é que alguém acredita nisto…

    Se houver justiça em portugal agora não é aos fins de semana que deveria cumprir a pena mas sim em continuo..
    Entretanto talvez vá roubar um banco e depois peço para cumprir a pena ao fim de semana. Dá mais jeito…

    • Tente primeiro saber da história completa sobre o Ilhéu da Pontinha e fica a saber como é possível não fazer parte do território Português.

  2. Epá eu por acaso acho que tem ali uma pedrita que mesmo com a maré alta ela dá pra se considerar um ilhéu… ahhh vou já tomar posse daquele calhau e declará-lo um principado. Agora falta só o nome … acho que será o principado da Amizade e eu serei o Príncipe Altruísta. Já vou começar a aceitar reservas para quem se quiser refugiar. Mas é preciso pagar renda meus meninos é que manter uma pedra sai caro, ah e dormir é numa tenda (cada um trás a sua), pra comer tem os insectos que houver por lá ou se quiserem pescar por cada peixe que apanharem pagam 2 euritos e pra beber tem a água da chuva. Se quiserem grelhar o peixe ou fazer fogo é preciso pagar 1 euro e a lenha ou carvão cada um trás para si. Tá caro?!? Então fiquem onde estão… É só alegria e solidariedade no meu principado.

  3. Sempre ouvi dizer, desde 1974 , que os elementos do PCTP/MRPP eram elementos infiltrados da CIA. Chamavam-lhes sociais-fascistas. Por alguma razão. Se é verdade ou mentira, não sei. O que me parece neste caso é que politicamente vale zero. Nem deveria ter discussão quanto mais uma queixa no Tribunal. Quanto a Garcia Pereira, parece-me e tenho ouvido falar que se trata de um ser oportunistas, que foi o Dono do MRPP, sempre fez o que quis e agora julga-se assim tão honesto que se permite perseguir um cidadão que conhecemos pelos seus modos libertinos e provocadores, politicamente falando, claro.
    A minha solidariedade ao Sr. Coelho. Que se faça justiça…

  4. Agora passamos ao jogo dos país zinhos onde cada português poderá declarar o seu quintal como país independente, que tal quando apanhassem lá o Coelho mais o Renato Barros empoleirados naquele pequeno monte rochoso não lhes dar mais permissão de entrada na ilha, fazê-los ali secar como carapaus ao sol.

  5. É um facto. Eu acabo por me divertir mais com os comentários aqui deixados do que com a a notícia propriamente dita. Impressionante é como há gente que corre logo para o google, faz uma pesquisa e consegue encontrar conteúdo fantástico, sem verificar a veracidade do que encontra, e toca a colar aqui para mostrar que, afinal de contas, aquele calhau até poderá não ser território português. estamos assistir a um teatro de palhaçada, onde este senhor Coelho foge da lei, a mesmo a que lhe tem permitido receber durante dezenas de anos o ordenado de deputado pago por todos nós, repito, pago por todos nós, sem ter tido até hoje, qualquer papel relevante na política nacional ou regional, a não ser, desrespeitar constantemente a mesma instituição que lhe paga as contas. Este senhor, corre todos os opositores a fascistas e salazaritas, quando de facto, nunca teve uma ideia válida, um propósito definido e um sentido construtivo na política. Ah, a propósito do principado. Aquela pedra, foi adquirida em 2000 por 9 contos (equivalente a 45 euros) e o sr Renato Barros (mais um doido para a colecção) auto proclamou a independência em 2007, e auto-instituiu uma monarquia em que, o único membro do clero, ele próprio, governa o único habitante da ilha, ele mesmo. Quando à alegada carta régia de D. Carlos que o Sr fala, nunca foi provada e não existe qualquer cópia disponível que permita verificar a sua veracidade. Ou seja, seria o mesmo que as dezenas de milhares de proprietários de qualquer metro de quadrado de terreno deste país, se declarasse independente de Portugal. A mim até dava jeito. Podia pedir asilo à minha avó, a Rainha D. Gestrudes, quando o Estado fosse atrás de mim, por fuga ao fisco… olha que até não é mal pensado…

  6. Há tanto criminoso de delito comum para ir para a prisão, e não vai, que este faz muito bem em estar a gozar assim com a justiça, até porque é só um preso politico.

  7. COMO É POSSIVEL ALGUÉM TER COMPRADO UM ILHEU QUE MESMO SENDO UM ROCHEDO É DO POVO PORTUGUÊS E ABRIGO DE FAUNA E FLORA OU SEJA UMA RESERVA SE FOI COMPRADO EM 2000 É PRECISO EXPROPRIA-LO IMEDIATAMENTE E PROCESSAR QUEM VENDEU. E ESSE SENHOR SE TEM CONTAS A PAGAR À JUSTIÇA QUE PAGUE.

  8. “…por isso espera encontrar asilo político no ilhéu da Pontinha, rochedo situado a cerca de 70 metros da ilha da Madeira.”
    70 metros??!
    Se o Ilhéu da Pontinha é pegado à Ilha da madeira, gostaria de saber onde é que foram buscar os 70m…
    .
    Quanto ao José Manuel Coelho, embora seja uma pouco maluco e exagerado, tem piada e não raras vezes acerta em cheio nas suas afirmações – como aconteceu neste caso!
    E, os tribunas nem deviam perder tempo com estas coisas…

  9. Mais uma vez as pessoas falam sem saber e sem ouvirem a reportagem: http://tvl.pt/2012/09/02/o-principado-da-pontinha-um-territorio-independente-junto-a-ilha-da-madeira/
    E para clarificar existe um documento de venda da posse e domínio por D. Carlos.
    Ao que parece a questão principal é que não sabem o que é vender a posse e domínio. Portanto a ilha não é território nacional. Porque é que antes de falarem não vão ler o que significa vender posse e domínio?

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