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Jornalista brasileiro é suspeito de vender ataques à reputação de empresas

Oswaldo Eustáquio / Facebook

O jornalista brasileiro Oswaldo Eustáquio.

Oswaldo Eustáquio é acusado de publicar reportagens com conteúdos difamatórios falsos para atacar a reputação de pelo menos duas empresas que disputam concursos públicos.

O jornalista brasileiro Oswaldo Eustáquio foi preso no dia 26 de junho por suspeitas de que iria fugir do país. Eustáquio é acusado de publicar reportagens com conteúdos difamatórios falsos para atacar a reputação de pelo menos duas empresas que disputam concursos públicos. Para além de jornalista, é também ativista e militante bolsonarista.

Nas notícias escritas pelo jornalista, duas empresas são acusadas de participarem em fraudes. O envio de pelo menos um dos press releases foi pago por Sandra Terena, mulher do jornalista canarinho.

Entretanto, grande parte das notícias publicadas sobre o assunto no jornal Agora Paraná foi retirada após a detenção do jornalista.

De acordo com a reportagem do The Intercept Brasil, Eustáquio terá agido em favor de uma concorrente dessas empresas, a Infosolo. A empesa confirmou ao portal que contratou os serviços do jornalista.

“O jornalista Oswaldo Eustáquio prestou serviço como freelancer, elaborando releases e notas à imprensa, com foco nas startups da Logo Aceleradora, entre elas o Believe, que é uma plataforma de streaming com conteúdo cristão”, disse um porta-voz da empresa. Em relação às notícias que atacam as suas empresas concorrentes, a Infosolo negou qualquer envolvimento.

Sem nunca as divulgar, Eustáquio diz ter provas e gravações contra as empresas que acusa nas suas reportagens.

No vídeo que acompanha o texto no qual o jornalista denuncia as empresas concorrentes da Infosolo, Eustáquio diz ter visitado “várias empresas no Brasil”. No entanto, Sady Ricardo dos Santos, proprietário do Agora Paraná, diz que nunca custeou nenhuma das suas viagens.

“Não tenho que pedir dinheiro para viajar. As pessoas dão dinheiro em ‘vaquinhas’, mas não é ‘vaquinha’, é tipo um crowdfunding”, disse ao The Intercept. “Não sou milionário, não sou rico, mas dinheiro para viagens, para essas coisas assim, sobra na minha conta”. No entanto, não há registo na Internet de páginas de crowdfunding em nome do jornalista.

Oswaldo Eustáquio foi libertado no último dia 5 de julho, sob a condição de não deixar o Distrito Federal, não usar redes sociais nem se aproximar da Praça dos Três Poderes e das residências de ministros do STF.

ZAP //

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