Jorge Fonseca e Patrícia Sampaio eleitos atletas do ano na Gala do Desporto

O judoca Jorge Fonseca, campeão mundial em -100kg, conquistou o prémio de Atleta Masculino do Ano na Gala da Confederação do Desporto de Portugal (CDP), com a também judoca Patrícia Sampaio a ser escolhida na vertente feminina.

Jorge Fonseca, o único campeão mundial da história do judo português, bateu o atleta João Vieira, prata nos 50 km marcha dos Mundiais, o canoísta Fernando Pimenta, que conquistou dois bronzes nos Mundiais, o surfista Frederico Morais, que garantiu uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e a qualificação para o circuito mundial de surf, e Jordan Santos, eleito o melhor jogador do mundo de futebol de praia.

“Estou muito feliz, espero continuar a dar-vos muitas alegrias”, disse o judoca, esta quarta-feira, na Gala da Confederação do Desporto de Portugal (CDP).

Ausente da 24.ª Gala do Desporto, por estar no Japão, o judoca foi também galardoado com o prémio Ética no Desporto de 2019, uma distinção atribuída pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), e fez-se representar no Casino Estoril por Teresa Santos, a ‘miúda’ de 13 anos a quem ofereceu a medalha de ouro que recebeu na Liga dos Campeões da modalidade ao serviço do Sporting.

Numa edição em que o futebol foi ‘esquecido’ pelos votantes, o judo foi o ‘rei’ da noite, já que Patrícia Sampaio, bicampeã europeia de juniores, foi eleita Atleta Feminina de 2019, derrotando a atleta Inês Henriques, campeã europeia dos 50km marcha em 2018, a canoísta Teresa Portela, oitava classificada na prova de K1 200 metros dos Mundiais, a atleta paralímpica Ana Margarida Filipe, campeã do mundo no salto em altura, e Vanessa Marques, melhor jogadora da I Liga de futebol feminino em 2018/19.

“É um grande orgulho ser nomeada Atleta Feminina num país que cada vez mais se destaca no desporto feminino”, salientou a melhor júnior mundial da sua categoria (-78kg) numa mensagem de vídeo.

Entre os nomeados para Treinador do Ano, Paulo Pereira, o selecionador que no sábado levou Portugal à melhor classificação de sempre — um sexto lugar — num Europeu de andebol, foi o preferido, em detrimento dos também selecionadores Fernando Santos, campeão da Liga das Nações, Renato Garrido, campeão mundial de hóquei em patins, e dos treinadores Rui Fernandes e Pedro Soares, respetivamente responsável nacional de canoagem e técnico bicampeão europeu de judo do Sporting.

“Isto é mais difícil do que ganhar à França”, brincou Pereira, elogiando “o caráter impressionante” dos seus jogadores e partilhando-o com os restantes nomeados e com todos os treinadores que trabalham “todos os dias para que os seus atletas sejam melhores”.

A seleção de hóquei em patins, campeã mundial, foi escolhida como a Equipa do Ano, vencendo a categoria na qual também estavam nomeados a equipa feminina de atletismo do Sporting, os canoístas do K4 500 metros masculinos, quartos nos Jogos Europeus Minsk2019, a equipa de judo do Sporting, bicampeã europeia, e a seleção de futebol, vencedora da Liga das Nações.

“Este prémio engrandece o desporto português e, em particular, o hóquei em patins. Os jogadores elevaram mais alto o nome de Portugal. Há muitos anos que Portugal não conseguia conquistar o campeonato do mundo, conseguimos isso, e muito nos orgulhamos”, assumiu o selecionador Renato Garrido.

Na categoria de Jovem Promessa, Mariana Machado, medalha de bronze nos sub-20 dos Europeus de corta-mato e melhor atleta europeia do mês de novembro, defendeu o cetro, repetindo o triunfo do ano passado, desta feita derrotando o futebolista João Félix, a ciclista Maria Martins, a judoca Raquel Brito e Raffaele Stroti, do râguebi.

“Espero não ser só uma promessa, mas sim uma certeza. Espero que seja um sinal de que tenho realizado um excelente trabalho e que seja realmente merecido estar aqui pelo segundo ano consecutivo. Espero estar aqui um ano a lutar por ser uma das atletas femininas do ano”, confidenciou.

O Prémio Alto Prestígio, considerado a mais alta distinção da entidade, foi para o médico António Gentil Martins.

Na mesma gala, o piloto português Paulo Gonçalves, que morreu vítima de uma queda no Rali Dakar, foi condecorado, a título póstumo, com o Colar de Honra ao Mérito Desportivo, a mais alta distinção desportiva nacional.

O anúncio da condecoração foi feito pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que tutela a pasta do Desporto, que enalteceu os “extraordinários feitos” e “a marca de água de ética e de altruísmo” do motard de Esposende.

ZAP // Lusa

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