Depois da recomendação dos EUA, a Johnson & Johnson informou que a distribuição da vacina contra a covid-19 vai ser atrasada na Europa.
Segundo o Público, o grupo referiu que as autoridades europeias estão a avaliar de perto os casos que motivaram a recomendação norte-americana.
“Estamos a analisar estes casos com as autoridades de saúde europeias. Proativamente, tomámos a decisão de atrasar a distribuição da nossa vacina na Europa”.
O grupo explica que a “segurança e bem-estar” das pessoas é a primeira prioridade, defendendo a abertura na comunicação destas informações entre profissionais de saúde e o público.
A decisão poderá ter um impacto imediato nos planos de vacinação traçados pelos vários países europeus. No caso de Portugal, o país iria receber mais de 30 mil vacinas esta semana, não sendo para já clara a dimensão deste atraso.
Ainda durante o segundo trimestre deste ano é prevista a chegada a Portugal de 1,25 milhões de doses, do total de 4,5 milhões de doses desta vacina que o país deverá ter disponíveis ao longo deste ano.
A Comissão Europeia acordou com a Janssen a compra de 200 milhões de doses em 2021, com uma opção de 200 milhões de doses adicionais.
A Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora do medicamento dos Estados Unidos, recomendou, esta terça-feira, a suspensão imediata do uso da vacina da Johnson & Johnson.
Em causa estão seis mulheres norte-americanas, com idades entre os 18 e os 48 anos, que receberam esta vacina de dose única e desenvolveram coágulos sanguíneos. Uma delas morreu e outra foi hospitalizada em estado grave no Nebraska.
Relação entre vacina e coágulos em investigação
A Agência Europeia do Medicamento sublinhou hoje que ainda está “a investigar” os casos de tromboembolismo detetados após a administração da vacina da Johnson & Johnson e alertou que, “para já, não se sabe se há relação causa-efeito”.
O comité de segurança da Agência Europeia do Medicamento (EMA) está a rever a segurança da vacina investigando estes casos e a necessidade de uma eventual medida de regulação só será decidida quando houver conclusões científicas, explicou uma porta-voz da agência.
A EMA recordou ainda que os casos que estão em investigação foram detetados nos Estados Unidos, onde esta vacina foi utilizada com uma autorização de uso de emergência.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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