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Joe Biden promete retirar todas as tropas do Afeganistão até 11 de setembro de 2021

Oliver Contreras / Pool / EPA

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai propor a retirada de todas as tropas do Afeganistão até ao dia 11 de setembro de 2021, no vigésimo aniversário do ataque ao World Trade Center.

Segundo o The Washington Post, a decisão, que Biden deverá anunciar na quarta-feira, irá aumentar o prazo previamente estabelecido, de 1 de maio, e por isso é impossível saber que consequências esta decisão terá no terreno, onde as milícias talibãs esperam uma outra data para o regresso das tropas.

Embora os talibãs tenha prometido renovar os ataques a militares dos EUA e da NATO se as tropas estrangeiras não fossem eliminadas dentro do prazo, não está claro se as ameaças serão cumpridas.

No entanto, os analistas não acreditam que isso possa ser motivo de grande revolta, mas mesmo assim, de acordo com o diário norte-americano, Biden sempre esteve pouco inclinado a prolongar o prazo de maio.

O secretário de Estado, Tony Blinken, lançou as bases para o anúncio Biden num telefonema com o Presidente afegão Ashraf Ghani na terça-feira.

Blinken não divulgou detalhes precisos sobre a retirada, mas explicou que Biden iria ligar na quinta-feira.

Atualmente, há cerca de 2.500 soldados no Afeganistão mas muitos mais operacionais envolvidos em ações secretas de todo o tipo, nomeadamente infiltrados em núcleos terroristas, ou envolvidos no treino de forças especiais afegãs entre dezenas de outros cargos que, se forem repentinamente suprimidos, podem pôr em causa a transição.

A CNN noticiou na semana passada que os talibãs conseguiram atingir por duas vezes uma das bases militares mais seguras dos norte-americanos, em março desde ano, quando já tinham decorrido várias reuniões com vista à saída ordeira dos militares.

Os comandantes das forças da coligação no terreno são os primeiros a sublinhar os riscos de uma saída apressada.

Esta é uma guerra que dura há 20 anos, e é a mais longa em que os Estados Unidos se envolveram na sua história mas mesmo assim as preocupações com a estabilidade da região.

Ana Isabel Moura, ZAP //

 

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