O presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, detido esta sexta-feira no âmbito da operação Teia, renunciou “de forma imediata” à presidência da Câmara e a todos os seus cargos públicos e no Partido Socialista.
A decisão do autarca foi comunicada à Lusa pelo advogado Nuno Brandão, um dia depois de o Ministério Público ter pedido prisão preventiva para o autarca e para a mulher, a empresária Manuela Couto. O advogado do arguido, citado pela RTP, diz que a decisão “não é uma admissão de culpa“.
Detido desde quarta-feira nos calabouços da Polícia Judiciária do Porto, Joaquim Couto e Manuela Couto, tal como o presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, e o ex-presidente do IPO/Porto, Laranja Pontes, conhecerão na segunda-feira as medidas de coação aplicadas pelo juiz de instrução Artur Guimarães.
Joaquim Couto, de 68 anos, formado em medicina, exerceu no hospital de Santo António, no Porto. Foi colega de curso, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, de Laranja Pontes, que foi detido poucos dias antes de se reformar ao fim de 30 anos de carreira no hospital. O presidente do IPO-Porto é suspeito de favorecer empresas de Manuela Couto em troca da influência política do casal para se manter em funções.
A mulher do autarca, Manuela Couto, já tinha sido detida no âmbito da Operação Éter, que investiga factos muito semelhantes envolvendo o Turismo do Porto e do Norte de Portugal, entidade às quais as suas empresas prestavam serviços. O presidente do Turismo do Norte, Melchior Moreira, permanece em prisão preventiva no âmbito do processo.
Joaquim Couto preside à autarquia de Santo Tirso desde 2013, e preside também à Comissão Política Concelhia do PS local. Foi membro de diversas comissões política nacionais, foi deputado, fundador e dirigente de várias associações ligadas aos municípios.
No segundo Governo de António Guterres, foi nomeado governador civil do Porto, mantendo-se nesse posto até 2002. Em 2013, voltou a candidatar-se e a ganhar a liderança da autarquia de Santo Tirso, tendo sido reeleito quatro anos mais tarde.
ZAP // Lusa
Oh!… porque terá sido?!
Bem… mais vale tarde do que nunca!..
E o outro? E a mulher do outro… que diga-se de passagem não é nada má!
É a mulher deste!…