As ideias-chave de João Leão, num dia de “bailinho” para o Governo

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Manuel de Almeida / LUSA

João Leão na Comissão Parlamentar de Inquérito da TAP

Três audições em poucas horas e ninguém afastou polémicas. Até houve uma que aumentou a tensão na “novela”.

Pedro Nuno Santos abriu a ementa do dia, no que diz respeito a comissões na Assembleia da República.

Depois foi a vez de António Mendonça Mendes falar com os deputados – e a aumentar a polémica à volta do caso Frederico Pinheiro.

Mas ainda faltava João Leão, que também apareceu numa audição em São Bento, igualmente nesta terça-feira.

O antigo ministro das Finanças conversou com os deputados durante cinco horas e os seus alvos foram claros: Christine Ourmières-Widener, antiga presidente-executiva da TAP, e David Neeleman, que foi accionista na empresa.

E houve outros dois alvos claros, mas saindo em defesa de ambos: os ministros João Galamba e Fernando Medina, rejeitando qualquer clima de tensão com Pedro Nuno (que não o informou sobre a indemnização a Alexandra Reis).

Leão disse que concordou com a saída de Christine e assegurou que os 55 milhões de euros pagos a Neeleman para sair da TAP foram resultado de um processo negocial claro e transparente – que os deputados não entenderam muito bem. “E foi um valor bastante mais baixo do que o pedido inicial”, revelou.

Garantiu ainda que nada mais foi pago ao antigo accionista Humberto Pedrosa (PSD e IL disseram que há documentos que mostram que o empresário recebeu quase 12 milhões de euros).

O ex-ministro revelou ainda, continua o Observador, que o Governo português não está obrigado a vender a TAP, apesar de ser essa a ideia de Bruxelas.

Dia de “bailinho”

Pedro Nuno Santos, António Mendonça Mendes e João Leão foram ouvidos pelos deputados no mesmo dia. Uma terça-feira difícil para o Governo.

O Executivo socialista estaria à espera que algumas “novelas” fossem encerradas – mas nenhuma foi.

Aliás, na sequência da audição de Mendonça Mendes (que deixou ainda mais dúvidas sobre a versão de João Galamba sobre a famosa noite do computador), o PSD foi claro: Galamba deveria ser demitido “até ao fim do dia”. Já o BE vai apresentar queixa na Procuradoria-Geral da República por causa da actuação do SIS.

Continuam diversas dúvidas porque, neste enredo, “cada cavadela, cada minhoca”, como descreveu Pedro Sousa Carvalho na Antena 1.

Uma terça-feira muito agitada, de “bailinho” socialista, pegando em palavras do Expresso. Mas, ao fim do dia, a pressão sobre o Governo não diminuiu e as dúvidas continuam.

Na próxima semana, novos capítulos: Hugo Mendes, Pedro Nuno Santos e Fernando Medina estarão na comissão parlamentar de inquérito.

ZAP //

7 Comments

  1. Quando se acabarem as novelas o que vai ter a oposição para nos entreter? Não havendo mais nada é preciso esticar bem as que tem no momento. Vamos lá a ver se conseguem o desgaste pretendido ou se acontece o oposto.

  2. Este desgoverno nem a fazer novelas é bom. A questão que se coloca é para que é que serve mesmo este desgoverno?! Muito provavelmente para nada, a não ser para enterrar ainda mais o país e os portugueses. E nisso já deram provas que são bons.

  3. a maior parte dos portugueses nem sabe o que é o sis nem para que serve ,agora do desvio do computador todos olvidam isso porque será ,será que havia lá alguma que não adianta se saber tanto da oposição como do governo ,o que se sabe é que o adjunto era um bufo dentro do governo e por isso foi demitido

  4. Só oiço falar do SIS Mas o que quero saber é porque o Sr. roubou o computador Isso não interessa?
    As meninas do BE não querem saber isso porquê? Pois porque ele é do BE, amigo da Ana Drago que o levou para o governo
    Enfim se me roubassem o que eu queria era recuperar o que me roubaram, fosse através do SIS/ GNR/SP etc.
    Mas as manas já teem o exemplo de pai que assaltou bancos …..

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