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Joacine quer retirar da Assembleia pinturas “que glorificam passado colonial”

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Miguel Saavedra / parlamento.pt

Salão Nobre da Assembleia da República em 2011

A deputada não inscrita Joacine Katar Moreira recomendou hoje ao governo uma “contextualização histórica crítica” das sete pinturas do Salão Nobre da Assembleia da República e que o executivo planifique a sua retirada para “um espaço museológico”.

No projeto de resolução – que não tem força de lei – a ser entregue pela deputada ao parlamento, Joacine Katar Moreira argumenta que “urge contextualizar os problemáticos painéis presentes no Salão Nobre.

Segundo a deputada, os painéis “garantem o prolongamento da visão do Estado Novo da normalização da subjugação de outros Povos e Culturas e demais violências associadas, assim como da glorificação do passado colonial português”.

Joacine diz ainda que “as pinturas em causa chocam pela forma como os pintores retratam os povos colonizados, em posições de subalternidade, permissividade e infantilidade e pela forma heróica como retratam o poder colonial, normalizando-a e à sua violência, omitindo os impactos dessa subjugação nos povos e territórios capturados e explorados”.

“A exposição destas sete pinturas no espaço das receções oficiais, onde são recebidos Chefes de Estado, diplomatas e entidades oriundas dos países ali humilhados, contribui para a naturalização da subjugação dos povos, a relativização ou omissão da repressão, da opressão e da exploração coloniais”, sustenta a deputada.

As pinturas apresentam uma perspetiva da história “que permanece colonial, que é racista e que é pretensiosamente só na negação constante de factos históricos que recordam o passado de violência e subjugação”, acrescenta Joacina Katar Moreira.

A deputada não inscrita, eleita pelo partido Livre, salienta que “não se pede à Assembleia da República que tome posição face às conhecidas violências do colonialismo português, mas que não contribua para a sua normalização mantendo sem qualquer visão crítica os sete painéis coloniais e do colonialismo”.

“O Estado português e as suas instituições têm a função da autocrítica, da consciência sobre a necessidade de não contribuírem para a discriminação, o racismo e a xenofobia que as suas peças e a visualidade destas podem originar”, escreve.

Miguel A. Lopes / Lusa

A deputada Joacine Katar Moreira e o seu assessor, Rafael Esteves Martins

Katar Moreira recomenda ao governo que “crie condições para a recontextualização e enquadramento histórico crítico das peças, pinturas e estátuas da e referentes à época colonial portuguesa presentes nas instituições e coleções públicas, que tenha em conta a nova historiografia e movimentos sociais para a Descolonização da Cultura”.

Pede ainda a deputada que o governo “lute contra o negacionismo historiográfico e público que procura relativizar e escamotear a violência da História colonial nacional”.

Joacine recomenda também ao executivo que “incite a Assembleia da República a colocar urgentemente textos introdutórios ou tabelas com a recontextualização das sete pinturas do Salão Nobre da Assembleia da República”.

Por último, a deputada sugere que o governo “planifique a retirada das sete pinturas do Salão Nobre para um espaço museológico, onde os mesmos poderão ser expostos ao público com o enquadramento científico e museológico adequados, passíveis de visitas guiadas e integradas em coleções específicas”.

O Salão Nobre da Assembleia da República, destinado às receções oficiais, foi construído nos anos 40 do século XX, segundo projeto do arquiteto Pardal Monteiro, ocupando a área onde se encontrava o coro alto da antiga igreja do Mosteiro de São Bento.

Tem as paredes decoradas com pinturas “subordinadas à mesma temática apologética dos Descobrimentos portugueses da Exposição do Mundo Português, de 1940″, lê-se na página dedicada ao Salão Nobre no site do parlamento.

Entre as imagens estão representados o Infante D. Henrique na entrega do plano das descobertas ao capitão da Armada, a Tomada de Ceuta, a passagem de Bartolomeu Dias pelo Cabo das Tormentas.

ZAP // Lusa

29 Comments

  1. A figura de maior arrependimento do passado colonial português é a própria Joacine, não dá para devolver? Nós pedimos desculpa por a ter trazido

  2. E lá vem de novo a “treta” do revisionismo histórico.

    Apagar o passad? — Tê-lo bem vivo para que não se repita.

    Parece-me que esta pessoa anda a ler da mesma “cartilha” que a ala progressista (regressista) democrática dos EUA.

  3. Se Joacina mandasse alguma coisa ainda podia “querer” o que quer que fosse. Eu também “quero” um iate, mas não me calha nada.

  4. A Joacine, quando muito, manda na casa dela!!
    Se não tem nada de útil para fazer pelo país que agora representa, tem bom remédio – ir trabalhar para um local onde não haja pinturas!

  5. com tanta coisa boa para apresentar vai apresentar uma ideia estupida e ridicula.
    se vamos acabr com tudo o que diz respeito ao nosso passado de colonizadores, vamos destruir o padrao de descobrimentos, os jerónimos, e outras coisas que foram feitas ou têm representaçao de homens do mar
    vamos apagar a historia e ensinar o povo que nao descobrimos o nosso imperio colonial.
    porque nao vai para o Afeganistão gritar com eles sobre os direitos do povo, da sua liberdade, etc?
    acho que reduzir o nº de deputados ia acabar com estas mentes estupidas e mesquinhas

  6. Joacine faz parte da glorificação do nosso passado colonial. Sem ele ela não seria mais do que mais uma mulher de peito nu a trabalhar na tabanca da sua aldeia…

  7. Dar voz a uma tipa que não respeita o país que a acolheu, é perda de tempo. Se ela está mal em Portugal, que regresse ao país dela e faça por ele alguma coisa de positivo. Talvez acabar com os sucessivos golpes de estado, quem sabe? Pobre criatura!

  8. Esta dama como não tem trabalhe que justifique o que o povo português lhe paga na Assembleia da
    República, lembra-se de em quando de aquecer o ambiente com as suas atoardas provocatórias.
    Os painéis que estão na Assembleia são históricos e fazem parte da história do país que a acolheu.
    Se não se sente bem a olhar para eles, e acha que estão a mais no sítio onde estão, quando acabar o
    mandato que lhe caiu nos braços, sugerimos que vá para o país de que é oriunda pois aqui não faz falta nenhuma. No país de origem dela pode, isso sim, sugerir a remoção para um museu ( se lá existir) de quadros que a incomodem.
    Estes aqui fazem parte da nossa História!!!

  9. Nenhuma pessoa decente se glorifica com colonialismo violento e subjugador de outros povos. Mas Portugal pode glorificar-se com a paz que levou a territórios com guerras tribais, da emancipação pela educação, desenvolvimento e direitos pessoais que levou para outros territórios. Portugal pode glorificar-se com a integração de pessoas dessas antigas colónias, de sermos um povo acolhedor e não racista, de preservarmos a nossa história com todos os bons e maus momentos porque não se pode apagar a história. A Drª Joacine e outros apoiantes querem apagar a história e separar cidadãos em lugar de os unir. Será que aqueles querem justificar, apagando a história, o estado miserável, tribal, corrupção, racismo e banditajem em que agora vivem alguns aqueles territórios?

  10. Juntem-na ao tipo do abate do padrão dos descobrimentos e mandem-nos para Kabul. Aí podem destruir tudo o que é passado desde que glorifiquem Alá e os Talibâs
    “Mortaci Loro”… como dizem os italianos

  11. Indo ao encontro da ideia dessa senhora, a primeira coisa a fazer será retirá-la a ela de lá, pois é uma triste imagem do pior que poderíamos ter importado das ex-colónias, a ingratidão e o racismo!

  12. Se não fosse a nossa INJUSTIFICADA vergonha face ao nosso glorioso passado (com mais e melhores obras que no presente), nunca seria alguma vez “eleita” uma pessoa incompetente e que defende apenas os seus próprios interesses, só por assumir o papel de “coitadinha” e “infeliz” e de “especialzinha”…

    Há mandados que duram demasiado!!!! Esses é que deviam ser retirados de cena!

  13. Farto dessa racista arrogante e ignorante… Façam o favor de não votarem em joacines, mamadus e companhia, nem em quem os promove, BE incluído!

  14. Não há nada como ignorar esta gente. Aceitamo-los como nossos, naturalizando-os e elegendo-os para as nossas estruturas governamentais e depois é isto. Esta senhora sempre teve alguns complexos de inferioridade que combate atacando as coisas que nos são caras. Não votem nos partidos que os metem neste lugares e resolvemos o problema.

  15. Pior de que a triste figura que essa pessoa faz, é saber o que ela ganha às nossas custas para apenas dizer e fazer disparates!
    Ainda dizem que não é um tacho?

  16. Esta Joacine está com os copos. Se não fossem o colonialismo, a joacine nunca teria vindo para Portugal nem chegaria á assembleia da republica de um país que a acolheu. Nem saberia que Portugal existia, visto que no país de origem dela não teria existido qualquer tipo de evolução. Eles sozinhos não chegavam a inventar por exemplo, aviões.
    Se não fosse o colonialismo a maior parte dos países que foram colonizados, até hoje viveriam uma superior ignorância de tecnologias, de desenvolvimentos na área da saúde, até na agricultura, e tantas outros desenvolvimentos que os colonos levaram para lá.
    Imagine-se que os colonos nunca tivessem chegado à América. Neste momento só existiam lá Índios sem qualquer tipo de desenvolvimento tecnológico ou qualquer outro desenvolvimento.

  17. Estranhamente………..nestes países africanos, parece que a única coisa em que eles são desenvolvidos é multiplicarem-se exageradamente. Depois não tem emprego, nem alimentos, nem condições de tipo algum….e a única coisa que eles sabem é vir bater ás portas da Europa ou da América. Começavam a usar o contraceptivo ou mesmo a abstinência e talvez existissem mais oportunidades para eles nos países de origem.
    As ONGs que estão no terreno também, podiam começar a dar-lhes formação nesse sentido.

  18. Será que essa senhora sabe alguma coisa de história
    Quem escravizou seres humanos de cor negra, e os vendia a Portugal e a outros reonos na altura.
    Quiseram a independência de Portugal
    O que acho bem
    O objetivo era livrarem-se de quem os colonizou, para assim prosperarem
    Afinal estão ai aos magotes
    So a exigerem isto e aquilo
    Se o pais deles é tao bom, porque vem para Portugal
    Lembram se quando os portugueses se vieram emboram e deixaram lindas habitações
    Ate cabras galinhas e outros animais colocavam nas casas.
    Não sou nem nunca fui racista
    Mas apelidam os portugueses de racistas para andarem a crer benesses
    Se estão mal
    Tem bom remédio é voltar para onde vieram
    Se nos aqui somos assim tão maus

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