Para Jerónimo de Sousa, o Orçamento do Estado “não é tudo, nem determina tudo o que se impõe concretizar para dar resposta aos problemas com que os trabalhadores, o povo e o país se confrontam”.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou este domingo que há “respostas” a dar à população que “não podem esperar” pelo próximo Orçamento do Estado, até porque este documento “não é tudo”.
“É necessário que se diga que o Orçamento não é tudo nem determina tudo o que se impõe concretizar para dar resposta aos problemas com que os trabalhadores, o povo e o país se confrontam”, considerou o comunista, falando na Horta, ilha do Faial, no final de uma visita de dois dias aos Açores a propósito das eleições que se avizinham no arquipélago.
Falando antes de ser conhecido que o Conselho de Ministros aprovou este domingo a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, o líder comunista realçou que “há respostas cuja premência não pode ficar à espera” da implementação do documento.
Em causa, entre outros, está o aumento geral dos salários, a subida do salário mínimo para 850 euros “no curto prazo”, a revogação de “normas gravosas” na legislação laboral ou o aumento do investimento público, nomeadamente em áreas como a saúde, a braços com o combate à pandemia de covid-19.
No que refere ao sufrágio nos Açores, no próximo dia 25, Jerónimo advogou que “cada deputado a mais” eleito pela CDU (que junta PCP e Os Verdes) “é um deputado a menos na mão dos que tudo prometem nas eleições mas logo esquecem quando os votos são contados”.
E concretizou: “Queiram os trabalhadores e o povo açoriano dar-nos a força necessária para concretizar e seguramente teremos uma região com mais justiça social”.
A proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano será entregue pelo Governo na Assembleia da República esta segunda-feira.
ZAP // Lusa