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Jerónimo não quer fazer a cama ao Governo (mas não se compromete com OE)

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Manuel de Almeida / Lusa

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) e líder da CDU, Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) e líder da CDU, Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu hoje que o PCP não pretende “fazer a cama” ao Governo do PS, mas só votará favoravelmente o Orçamento do Estado para 2017 se não retirar direitos dos trabalhadores.

“Levaremos a nossa palavra até ao fim, como partido sério, votando, no que é bom para os trabalhadores e para o povo, a favor e votando contra aquilo que for negativo para os trabalhadores e para o nosso povo”, afirmou Jerónimo de Sousa, lembrando que o “compromisso primeiro e principal” do partido são com “os trabalhadores” e não com o Governo.

Num comício na Foz do Arelho, no concelho das Caldas da Rainha, o secretário-geral do PCP disse “não” a “alguns setores” que possam pensar que “o PCP vai fazer a cama” ao Governo do PS, mas deixou um aviso.

O partido “só se comprometeu a examinar” a proposta de Orçamento do Estado para 2017 e a “dar uma contribuição construtiva e positiva” não garantindo “votar a favor de uma coisa que nem sequer conhece”.

Só “perante a proposta concreta de OE”, o PCP decidirá o seu sentido de voto, acrescentou Jerónimo de Sousa, sublinhando que “se for bom para os trabalhadores portugueses e para o povo” o PCP votará a favor.

Se não, “se quiser reverter esta política de recuperação de rendimentos e direitos”, falará mais alto “o compromisso com os trabalhadores e com o povo” levando a que o PCP “não subscreva políticas que façam voltar tudo para trás”.

Num discurso em que não poupou críticas ao Governo, Jerónimo de Sousa voltou a queixar-se da “discriminação” de que considera ter sido alvo por parte do PS no processo de escolha de juízes para o Tribunal Constitucional (TC).

“Esta solução encontrada é um compromisso entre o PS, o PSD e o Bloco, discriminaram o PCP”, lembrou, considerando tratar-se de “um sinal de que não estamos perante um Governo de esquerda”.

“Estamos sim perante  ”, afirmou aludindo à indicação de uma lista de cinco dos 13 juízes do Tribunal Constitucional, contemplando dois nomes indicados pelo PSD e três pelo PS, sendo que um deles é considerado próximo do Bloco de Esquerda.

Jerónimo de Sousa falava perante cerca de 300 militantes e simpatizantes do partido que hoje realizou na Foz do Arelho a “Festa de Verão”, um encontro em que o líder apelou ao reforço da votação no partido para garantir “uma política patriótica e de esquerda”.

/Lusa

1 Comment

  1. Estes são sempre a mesma coisa. Concordam e discordam ao mesmo tempo, estão dentro e estão fora ao mesmo tempo… Enfim são uns brincalhões. Gostam de brincar com coisas sérias. É por isto que a Europa torce o nariz e desconfia da nossa capacidade de cumprir metas.
    É incrível.

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