Jerónimo Martins em queda. Na véspera apresentou subida de 28% nos lucros

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Dia na bolsa de Lisboa começou no vermelho, muito por causa da dona do Pingo Doce. A “culpa” é da Polónia.

A bolsa de Lisboa negociava nesta quarta-feira em baixa, com as ações da Jerónimo Martins a descerem 8,74% para 19,52 euros.

São valores que já não eram tão baixos há quase meio ano. E é uma descida de quase 15% desde o início deste ano.

Cerca das 09:15 em Lisboa, o PSI baixava 0,91% para 6.146,50 pontos, com sete ‘papéis’ a descer e nove a subir a cotação.

Às ações da Jerónimo Martins seguiam-se as da Galp, NOS e Sonae, que se desvalorizavam 1,54% para 14,39 euros, 0,63% para 3,47 euros e 0,46% para 0,87 euros.

Se subiu, porque cai?

A dona da cadeia de supermercados Pingo Doce, Biedronka e Ara anunciou na quarta-feira, após o fecho do mercado, que o lucro da Jerónimo Martins subiu 28,2% em 2023, face a igual período de 2022, para 756 milhões de euros.

Em igual período, as vendas cresceram 20,6% para 30.680 milhões de euros e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) progrediu 17% para 2.168 milhões de euros.

No entanto, vê-se que a Polónia tem um peso decisivo. As vendas da Biedronka aumentaram 22,3%. Foi “mais um ano de extraordinário desempenho”, segundo a empresa.

E são as perspetivas para o mercado polaco que estão a criar preocupação, destaca o Jornal de Negócios, citando especialistas da Bloomberg.

No próprio comunicado que a Jerónimo Martins enviou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, lê-se: “Não excluímos que a margem EBITDA da Biedronka possa vir a sofrer maior pressão do que a registada em 2023″.

Janusz Pieta, do MBank, acha que a Jerónimo Martins continua a focar-se no volume de crescimento à custa das margens. “Em termos de perspetivas, a Biedronka é mais agressiva do que o antecipado”.

Krzysztof Kawa, da Erste, destaca que a empresa portuguesa publicou um guidance (orientação de resultados para este ano) abaixo do esperado na Colômbia – supermercados Ara. E os próximos trimestres podem ser mais desafiantes em termos de vendas e rentabilidade.

A Jerónimo Martins admitiu que há uma pressão acrescida no negócio do retalho, muito por causa da deflação alimentar e da elevada inflação de custos.

Aliás, a deflação alimentar – descida dos preços que pode originar menor oferta – será o “maior desafio” para a empresa.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Ó coitados!
    Espero que não caiam em desgraça!…
    Já estou a imaginá-los na sopa dos pobres e isso não podemos permitir que aconteça.
    Temos que fazer uma coleta, tal como eles, quando as crises nos afetam e tanto ganham à nossa custa.

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