Quem quiser deixar o Japão vai ter de pagar uma “taxa sayonara”

Se está a pensar viajar até ao Japão, prepare-se para abrir os cordões à bolsa na viagem de regresso. O Parlamento japonês aprovou a chamada “sayonara tax”, uma taxa obrigatória para quem deixar o país.

Segundo a Condé Nast Traveler, citada pelo site Mental Floss, o Parlamento japonês aprovou recentemente a chamada “taxa sayonara”, uma taxa obrigatória para quem quiser deixar o país.

De acordo com a publicação, a taxa terá o valor de mil ienes, cerca de 7,50 euros, e aplica-se a qualquer viajante que esteja a deixar território japonês, quer sejam turistas ou residentes.

As únicas pessoas que ganham alguma coisa em troca com o pagamento da taxa, neste caso um “brinde”, são crianças com menos de dois anos ou pessoas que estejam menos de 24 horas no país.

Esta taxa vai proporcionar a entrada de cerca de 43 mil milhões de ienes nos cofres públicos, dinheiro que vai ser aplicado para melhorar as infra-estruturas turísticas do Japão, nos quais se incluem tecnologias de reconhecimento facial nos aeroportos, pagamento a guias multilingues nos pontos mais turísticos e para financiar campanhas de promoção do país por todo o mundo.

De acordo com o mesmo site, que cita o Singapore’s Straits Times, parte deste montante também vai ser aplicado para expandir o sinal de Wi-fi gratuito nas cidades e os sistemas de pagamento eletrónico no trânsito.

O Japão não é o primeiro país a adotar esta medida mas, noutros países, a taxa acaba por passar despercebida porque está incluída no valor pago pelo bilhete de avião. Além disso, as taxas podem ser bastante mais caras como é o caso da Austrália, que cobra cerca de 40 euros, ou do Reino Unido, que varia de acordo com o tipo de avião, número de passageiros e distância percorrida, e pode custar entre 15 a 540 euros.

Recorde-se que Tóquio vai acolher os Jogos Olímpicos de 2020, o que vai seguramente fazer aumentar de forma significativa o número de turistas no país.