O lusodescendente Jack Teixeira, de 22 anos, foi condenado, esta terça-feira, a 15 anos de prisão por fuga de informação do Pentágono.
Um juiz federal norte-americano condenou a 15 anos de prisão Jack Teixeira, membro da Guarda Nacional Aérea do Massachusetts que se declarou culpado de divulgação de informação classificada do Pentágono.
Em março, o lusodescendente de 22 anos admitiu ter recolhido ilegalmente alguns dos segredos mais sensíveis dos Estados Unidos e partilhado na rede social Discord.
Os procuradores haviam pedido originalmente uma sentença de 17 anos para Teixeira, dizendo que ele “perpetrou uma das violações mais significativas e consequentes da Lei de Espionagem na história americana”.
Como detalha a BBC, enquanto trabalhava numa base da Guarda Nacional Aérea, Teixeira obteve materiais que incluíam mapas, imagens de satélite e informações sobre aliados dos EUA – nomeadamente sobre a guerra na Ucrânia.
Pedindo uma pena mais branda, os advogados de Teixeira argumentaram que o lusodescendente foi vítima de bullying durante o ensino secundário e na sua unidade militar e que sofreu de isolamento.
No entanto, o Ministério Público não cedeu a tais argumentos, defendendo que “Teixeira sabia do risco para o seu país e fê-lo na mesma”, num grupo onde falava frequentemente sobre Deus, armas e segredos de guerra.
“És jovem e tens um futuro à tua frente, mas este é um crime muito grave“, disse o juíz, dirigindo-se a Jack Teixeira.
Teixeira pediu desculpa perante o tribunal e disse que compreendia que “toda a responsabilidade e consequências recaem apenas sobre os meus ombros”,
Segundo os repórteres presentes no tribunal de Boston, citado pela BBC, Teixeira pediu desculpa perante o tribunal e disse que compreendia que toda a responsabilidade e consequências recaíssem sobre os seus ombros.
Teixeira juntou-se à Guarda Nacional Aérea de Massachusetts, uma reserva da Força Aérea, em 2019. Nessa função, obteve autorização de segurança ultra-secreta, tendo assinado um “acordo de não divulgação vinculativo vitalício” que estipula que a “divulgação não autorizada de informações protegidas pode resultar em acusações criminais”.
O avô de Jack é açoriano, natural de São Miguel. No entanto, o jovem não tem dupla nacionalidade.
ZAP // Lusa
Tenho pena… A brincar…. Devia ter a pena que os amigos Guterres dão e não apenas uma palmadinha no pulso