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Jacinto é a praga que ameaça o Guadiana. Alqueva ataca com tecnologia anfíbia

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vida de vidro / Flickr

Jacinto-de-água é uma espécie de planta aquática que se está a tornar uma verdadeira praga no Guadiana, cobrindo a superfície do rio de verde. O Alqueva está a usar uma tecnologia anfíbia para combater o problema.

O alastrar do jacinto-de-água pode tornar-se uma praga para o Guadiana, cobrindo a superfície dos cursos de água e das albufeiras de verde. O problema terá sido trazido de Espanha, mas é originário do outro lado do Atlântico, mais precisamente do rio Amazonas, no Brasil.

A Eichhornia crassipes, mais conhecida como jacinto-de-água, é um grande problema para os agricultores que dependem da água do rio. Em Espanha, esta praga já custou 40 milhões de euros e, em Portugal, já estão a ser tomadas medidas de resolução.

O problema não é novo no território português, mas a tecnologia usada é. A EDIA, Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva, usou fundos comunitários e foi até à Alemanha buscar uma máquina anfíbia, chamada Capivara. Assim como o animal em que é inspirada, a máquina tem o objetivo de devorar todos os jacintos que apanhe pela frente.

Segundo o Expresso, a Capivara é uma embarcação multifunções, com lagartas para se movimentar em terra e hélices para cruzar as águas. A máquina é equipada com uma grifa metálica que faz cortes na vegetação. A Capivara será utilizada principalmente ao longo das margens, tentando remover ao máximo os jacintos-de-água.

(dr) Berky

Um modelo da Capivara, a embarcação anfíbia utilizada no Guadiana.

Já desde 2014, a EDIA alertava para o problema dos jacintos e considerava esta “uma ameaça” devido à sua elevada capacidade de propagação e degradação da qualidade da água. Foram instaladas duas barreiras de contenção no troço internacional do Guadiana para evitar a sua propagação — uma em 2012 e uma em 2014.

Agora, a EDIA considera que, com a Capivara, o combate aos jacintos será robustecido. A embarcação foi testada esta quarta-feira e revelou ser um sucesso. Segundo fonte da entidade, a sua atuação decorreu sem problemas “tanto na operação a partir de terra para a água como de água para terra”.

ZAP //

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