O número de mulheres assassinadas em contexto de violência continua a disparar. Nos primeiros seis meses deste ano, 16 mulheres foram mortas pelas mãos dos seus companheiros – quase tantas como que as morreram de forma violenta em todo o ano passado (20).
Segundo o jornal i, que avança com os números nesta terça-feira, enquanto que durante o ano passado foram mortas 19 mulheres, um número inferior ao de anos anteriores, só durante o primeiro semestre de 2018 foram 16 as mulheres portuguesas que perderam a vida às mãos dos seus maridos.
Pela primeira vez desde que o fenómeno é estudado, as armas mais usadas pelos agressores foram facas, aponta o diário. Quase todas as 16 mulheres vítimas de homicídio conjugal durante os primeiros seis meses do ano foram mortas em casa e com recurso a violência física, com facas ou por asfixia.
Desde 2004, foram registados 491 homicídios de mulheres em ambiente familiar. Mais de metade (298) foram assassinadas por maridos, companheiros ou namorados. E, em 110 casos, os homicidas eram ex-maridos, ex-companheiros ou ex-namorados.
As estatísticas globais revelam ainda que os meses de julho, agosto e setembro são aqueles em que se registam mais homicídios em contexto de intimidade e de violência doméstica.