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Itália ultrapassa os 20 mil mortos. Número diário de óbitos volta a subir

Andrea Fasani / EPA

Itália atingiu, esta segunda-feira, as 20.465 mortes associadas ao novo coronavírus, ao ter contabilizado 566 óbitos nas últimas 24 horas, um número superior aos 431 registados no domingo.

O número diário de óbitos divulgado no domingo (431) pela Proteção Civil italiana tinha sido o mais baixo registo em três semanas. Esta segunda-feira, o número diário de óbitos voltou a subir (566).

Neste momento, os casos de infeção positivos e ativos são 103.616, mais 1363 novos casos face a domingo, o número mais baixo quando comparado com os dias anteriores e que vem confirmar uma tendência de desaceleração nos novos contágios, de acordo com os dados fornecidos pelo chefe da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli.

Entre os casos ativos, mais de 72 mil pessoas estão isoladas nas respetivas casas com sintomas ligeiros (representam 70% do total), outras 28.023 estão hospitalizadas e 3260 encontram-se em unidades de cuidados intensivos.

Em termos globais, desde o diagnóstico do primeiro caso de covid-19 de contaminação interna no país, em fevereiro, Itália contabiliza um total de 159.516 infetados. A Proteção Civil italiana informou hoje ainda que 35.435 pessoas estão dadas como curadas.

Estado de Nova Iorque ultrapassa 10 mil mortes

O Estado de Nova Iorque atingiu os 10.056 óbitos, com mais 671 registados nas últimas 24 horas, indicou o governador Andrew Cuomo.

Nova Iorque continua, de longe, a ser o estado mais afetado nos Estados Unidos, apesar de Cuomo ter realçado que se confirma uma desaceleração da pandemia na região, salientando que, pela primeira vez numa semana, o número de óbitos diário baixou para níveis inferiores a 700.

“O vírus é muito bom naquilo que faz. É um assassino. As pessoas continuam a morrer com um nível horrível de dor e tristeza”, disse o governador num briefing, acrescentando, porém, que acredita que “o pior já passou”, apesar de os hospitais do Estado estarem a receber cerca de dois mil novos pacientes diários.

“O pior passou, se continuarmos a ser inteligentes e a seguir as medidas de confinamento. Se fizermos qualquer coisa estúpida, amanhã veremos os números a subir”, sublinhou.

Segundo o mais recente relatório divulgado hoje pela Universidade John Hopkins, os Estados Unidos registaram mais 1514 mortos nas últimas 24 horas, elevando para 22.020 o número total de óbitos.

Trata-se do segundo dia consecutivo de descida do número de vítimas mortais, depois de a mesma universidade ter registado, na contagem que divulga diariamente, 1920 mortes no sábado e 2108 na sexta-feira.

Os Estados Unidos são o país mais atingido pela pandemia da covid-19, com mais de 555 mil casos confirmados, acrescentou a instituição do ensino superior de Baltimore, no estado de Maryland.

Reino Unido com 11.329 mortos

O número de mortes no Reino Unido aumentou para 11.329, com mais 717 óbitos nas últimas 24 horas, indicou o ministério da saúde britânico. O número total de casos de contágio é agora de 88.621, mais 4342 do que no dia anterior, acrescentou.

No domingo, tinha sido registado 737 mortes e 5288 novos casos de pessoas infetadas.

A atualização dos dados foi feita um dia após a saída do primeiro-ministro, Boris Johnson, do hospital St. Thomas, em Londres, onde esteve internado durante uma semana devido a um agravamento dos sintomas, tendo sido necessária a administração de oxigénio.

Esta segunda-feira, o porta-voz de Johnson, James Slack, confirmou que o chefe do Executivo vai continuar a convalescença na residência de campo de Chequers Court, a 70 quilómetros de Londres, e que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, continua a substitui-lo na chefia do Executivo.

O Governo terá de tomar uma decisão até quinta-feira sobre o eventual prolongamento do regime de confinamento do país, o qual vários ministros e assessores médicos e científicos deixaram entender nos últimos dias que deverá acontecer.

Entretanto, o ministro das Finanças, Rishi Sunak, anunciou um reforço de 16 mil milhões de libras (16 mil milhões de euros) no financiamento dos serviços públicos para enfrentarem a pandemia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 114 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, quase 400 mil são considerados curados.

ZAP // Lusa

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