Ensino à distância para os alunos do ensino médio (entre os 11 e os 18 anos), proibição de entrar e sair nas regiões mais afetadas (com exceções), transportes públicos com 50% da lotação e recolher obrigatório, são algumas das medidas adotadas.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, assinou na noite de terça-feira um decreto que impõe o recolher obrigatório a nível nacional a partir das 22:00, que entra em vigor na quinta-feira.
Outras medidas restritivas, que o chefe do executivo deverá detalhar mais tarde e que deverão estar em vigor até 3 de dezembro, foram igualmente aprovadas, incluindo o encerramento de centros comerciais durante o fim de semana.
O primeiro-ministro italiano já tinha anunciado a imposição de um recolher obrigatório noturno a nível nacional na segunda-feira, em declarações no Parlamento, entre outras medidas restritivas para combater a pandemia.
Nessa altura, Conte afirmou que este não era o momento para impor um segundo confinamento geral em Itália, mas avisou que o Governo iria adotar, a nível nacional, “limites à circulação de pessoas à noite”.
A Itália deverá distinguir “três zonas de risco” que terão medidas restritivas de gravidade gradual. A colocação de uma região numa dessas categorias será decidida pelo Ministério da Saúde, levando em consideração o índice de transmissão do vírus, a presença de focos de contágio e a taxa de ocupação de camas nos hospitais.
As viagens para regiões de risco serão limitadas, exceto por motivos de saúde, trabalho ou estudo.
Além disso, o país também deverá introduzir outras medidas a nível nacional, como mais ensino à distância, capacidade máxima reduzida para 50% nos transportes públicos, encerramento de centros comerciais aos fins de semana, encerramento de museus e exposições e proibição de jogos de vídeo em bares e cafés.
Há uma semana, a Itália fechou os cinemas, teatros, ginásios e piscinas e proibiu os restaurantes e bares de receberem clientes depois das 18:00.
O país contabilizou 28.244 novos contágios pelo novo coronavírus num só dia, segundo os dados mais recentes, divulgados na terça-feira, um valor que se mantém elevado, mas que ficou abaixo dos 31 mil casos diários verificados na semana passada. Desde o início da pandemia no país, em 21 de fevereiro, a Itália contabilizou 759.829 casos de covid-19, de acordo com o último balanço das autoridades italianas.
A pressão sobre os hospitais italianos continua a aumentar: dos atuais 418.142 casos ativos de covid-19 no país, mais de 23.000 estão hospitalizados e 2.225 são doentes que estão em unidades de cuidados intensivos.
ZAP // Lusa
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