Itália está fora do Mundial e Buffon despede-se da seleção em lágrimas

Daniel Dal Zennaro / EPA

Gianluigi Buffon despede-se em lágrimas da seleção italiana

O guarda-redes italiano confirmou, esta segunda-feira, o fim da sua carreira na seleção, depois de a Itália ter falhado a qualificação para o Mundial de futebol de 2018, negando um recorde de sete participações ao seu guardião.

Depois de 20 anos a representar a ‘squadra azzurra’, pela qual fez 175 jogos, o guardião da Juventus, Gianluigi Buffon, anunciou a sua despedida em lágrimas, depois do empate 0-0 com a Suécia, em jogo da segunda mão do ‘play-off’ europeu. Os suecos venceram o primeiro jogo, por 1-0, e qualificaram-se.

“Tenho muita pena, não por mim, mas por todo o futebol, porque nós falhámos e, mesmo de um ponto de vista social, pode ser muito importante. É o que eu lamento, não parar [de jogar], porque o tempo passa e é normal que isso aconteça. Só lamento que o meu último jogo na seleção coincida com esta eliminação“, afirmou o guarda-redes, de 39 anos.

Buffon vai continuar a partilhar com o alemão Lothar Matthäus o recorde de presenças em fases finais do Mundial – seis. Buffon, que não falhava um campeonato do mundo desde 1998, disputou 14 jogos em fases finais e festejou o quarto título da Itália, em 2006.

“Ficam uns miúdos que vão dar o que falar, como o [Mattia] Perin ou o [Gianluigi] Donnaruma. Um abraço a todos aqueles que me apoiaram“, acrescentou.

Com o empate de hoje, em Milão, depois da derrota na Suécia (1-0), a ‘Nazionale’ ficou fora do Mundial pela terceira vez, depois de 1930 e 1958. Quatro vezes campeã do mundo (1934, 1938, 1982 e 2006), a Itália quebra um ciclo de 14 presenças consecutivas, num total de 18.

O selecionador italiano, Gian Piero Ventura, pediu desculpa aos italianos pelo fracasso na qualificação para o Mundial de futebol de 2018, mas diz que não se demite.

“Quero pedir desculpa aos italianos. Não pela vontade posta no trabalho, mas pelo resultado em si, que é a coisa mais importante. A única coisa que posso fazer é pedir desculpas aos italianos. Mas isso não muda o profissionalismo e o empenho com que trabalhei”, afirmou, em conferência de imprensa.

“Demissão? Não sei. Há uma infinidade de coisas a avaliar. Vamos encontrar-nos e avaliar. Ainda não falei com o presidente [da federação, Carlo Tevecchio]. Não depende de mim, não estou com estado de espírito para encarar essa questão. Vamos reunir-nos, eu direi o que tenho a dizer e ouvirei. Tudo o que acontecer será aceite”, afirmou.

ZAP // Lusa

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