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Covid-19. Itália contrata 20 mil profissionais, Irão regista mil casos em 24 horas

Franck Robichon / EPA

O Governo italiano anunciou contratação de mais 20.000 profissionais de saúde e a aquisição de mais camas para internamento, medidas para combater a propagação da epidemia de Covid-19 no país, o mais afetado da Europa.

De acordo com um comunicado do Governo de Itália, citado pela agência France-Presse (AFP), a decisão, que foi conhecida depois de um longo conselho de ministros – que decorreu na noite de sexta-feira para sábado -, prevê a contratação de 5.000 médicos especialistas, 10.000 enfermeiros e 5.000 cuidadores.

Devido à propagação do surto do novo coronavírus, o decreto-lei do executivo prevê a possibilidade de recrutar médicos que já estejam aposentados.

O Governo italiano vai também aumentar o número de camas para terapia intensiva de 5.000 para 7.500, um incremento que vai duplicar o número de vagas nos departamentos de pneumologia e doenças infecciosas.

A nota do Governo esclarece que estas medidas representam um investimento de mil milhões de euros, incluídos nos 7,5 mil milhões de euros disponibilizados para “responder aos requisitos extraordinários e urgentes devido à disseminação do Covid-19 e garantir os níveis essenciais de assistência”.

Os autarcas italianos também têm a possibilidade de requisitar hotéis para alojar pessoas em quarentena. Haverá ainda um incentivo governamental de 50 milhões de euros para empresas que produzem máscaras de proteção e outros produtos de saúde que permitam conter a epidemia.

Entretanto, o Irão, o segundo país mais afetado pela nova pneumonia viral, revelou que morreram mais 21 pessoas, elevando para 145 o número de vítimas mortais. Em 24 horas, foram registados também mais mil casos positivos, havendo agora cerca de seis mil infetados, segundo as autoridades de saúde do país, citadas pela agência Reuters.

A imprensa internacional avançou ainda que morreu um segundo deputado. Fatemeh Rahbar, uma mulher de 55 anos, terá falecido sexta-feira. O ministro da Saúde e um outro parlamentar estão infetados com o novo coronavírus.

Mais de 100 mil infetados

O número de pessoas infetadas em todo o mundo pelo novo coronavírus aumentou para 101.988, dos quais morreram 3.491, segundo um balanço feito pela AFP, com dados atualizados às 09:00 deste sábado.

Citando fontes oficiais, a AFP diz que, no total, foram registadas 1.146 novas contaminações e 35 mortes desde o último balanço, realizado às 17:00 de sexta-feira.

Até ao momento, há registo de casos em 94 países, entre os quais Portugal. De acordo com os últimos dados da Direção-Geral da Saúde, Portugal tem 13 casos confirmados de Covid-19, a doença provocada pelo coronavírus.

Com base no número mundial de infetados, a taxa de letalidade é de 3,4%, sendo que até ao momento a maioria já recuperou.

O balanço da AFP mostra que a China, à exceção dos territórios de Hong Kong e Macau, conta com 80.651 casos, dos quais 3.070 morreram. A AFP diz que, entre o final da tarde de sexta-feira e a manhã de hoje, surgiram 99 novas contaminações e 28 mortos na China. No resto do mundo, registaram-se 1.047 novos casos desde as 17:00 de sexta-feira.

Depois da China, os países mais afetados são a Coreia do Sul (6.767 casos, dos quais 483 são novos), Irão (4.747 casos, com 124 mortes), Itália (4.636 casos, 197 mortes) e Alemanha (684 casos, sem registo de casos mortais).

O balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

ZAP // Lusa

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