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Itália cancela programa classificado como “sexista”

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(dr) RAI

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Uma emissora estatal italiana cancelou um programa que foi amplamente criticado por usar estereótipos racistas e sexistas ao debater as “razões para namorar mulheres da Europa de Leste”.

No talk-show Parliamone Sabato, transmitido no canal Rai1, vários convidados conversaram sobre os motivos que levam os homens italianos a preferir namorar com mulheres estrangeiras.

Durante a emissão do programa, surgiu a história de um alegado caso de um homem italiano que comemorou o aniversário com a sua esposa russa num bordel, uma situação que foi considerada “impossível de acontecer caso fosse marido de uma italiana”

Os convidados do debate brincaram acerca da história de forma continua com comentários insultuosos, tendo um deles chegado a afirmar que a presença de mulheres da Europa de Leste “não podem ser vistas como uma ameaça, mas sim como uma bênção” porque “um italiano, quando vê uma mulher loira com olhos azuis e bom físico, vira-se e olha”.

Depois, a apresentadora do programa, Paola Perego, quis falar do “fenómeno das mulheres orientais e do fascínio que elas exercem sobre os homens”, divulgando uma lista com seis “motivos para escolher uma namorada do Leste Europeu”:

  1. Estão sempre sexys
  2. São donas de casa perfeitas e aprendem desde cedo as tarefas domésticas
  3. Perdoam traições
  4. Todas se tornam mães, mas recuperam a forma física rapidamente
  5. Estão dispostas a deixar que os homens as comandem
  6. Não reclamam, não são “colas”, nem amuam

A lista e os vários comentários e piadas “desagradáveis” feitas pelos convidados não foram indiferentes para o público que, logo após a transmissão do programa de TV, reagiu à reportagem com várias críticas nas redes sociais.

Algumas pessoas chegaram a ficar na dúvida se a reportagem era apenas uma brincadeira, e outros espectadores consideraram o talk-show “machista“, “racista” e “surreal“.

“É inaceitável que num programa de televisão as mulheres sejam apresentadas como animais domésticos para serem apreciadas pela sua obediência e subordinação”, disse Laura Boldrini, presidente da Câmara dos Deputados de Itália.

O diretor-geral da RAI, Antonio Dall’Orto, já reagiu às criticas e disse que o programa de sábado à tarde “contradiz” os valores da RAI, enquanto que Andrea Fabiano, chefe do canal televisivo, pediu “sinceras desculpas pelo que aconteceu”.

“Os erros devem ser sempre reconhecidos. Peço desculpas a todos pelo que viram e ouviram no #ParliamoneSabato”, escreveu Andrea Fabiano no Twitter.

ZAP //

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6 Comments

  1. Nesta era do politicamente correcto certas verdades tornaram-se inconvenientes.
    As mulheres de Leste são, no computo geral, as melhores do mundo, sem dúvida.

    • O politicamento correCto (pronúncia Brasileira, raios partam o corruPto de m**** que nos impôs mais esta estupidez e Nós deixamos), é como usar obrigatoriamente sapatos nas mãos e Ter de dizer que são luvas maravilhosas. E nós deixamos? Sim, nós deixamos ao nos encolhermos.
      De as mulheres têm direitos iguais, (se calhar aqui ainda não se aperceberam), o tal movimento passou a: as mulheres são a única coisa válida para existir, logo homens, ou se transformam em mulheres ou tratem de desaparecer fisicamente ou submeter-se.
      Não têm direito de funcionar como lhes dá prazer. Não, isso é que não. Já foi “demonstrado” que são a origem de todos os problemas e que as mulheres não fazem (nem nunca fizeram) mal nenhum a ninguém… Daí as proponentes destas maravilhosas ideias emocionantes travestidas de “evidência” gostarem tanto dos portadores do radicalismo Mu: Pensam igual -> ou se transformam “em igual a nós”, ou se escravizam, ou morrem. Igualzinho.

  2. Quanto a mim, as mulheres serão as próximas tiranas do mundo! Apregoam desejar igualdade, mas se um homem disser: “queres a porta aberta, abre-a tu!”, já é machista e sabe-se lá mais o quê!! Às mulheres é permitido emitirem más opiniões sobre os homens… liberdade de pensamento e opinião… mas imagine-se agora o contrário?!! (Um dia destes queimam homens em fogueiras!)

  3. Anda tudo doido. Quem não gosta de um programa só tem que mudar de canal, mas não, ficam a vê-lo e a torturar-se. Haja pachorra!

  4. Passou-se do 8 ao 80… Primeiro “ai Jesus que não há liberdade de expressão!”, e agora, que pretensamente se tem essa liberdade, anda-se numa correria louca para ver o que se pode permitir e o que se “deve” proibir. E liberdade de pensamento, ainda pode haver? Sexista? Machista? E então? Cada um não pode pensar e ser como quer?

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