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Israel vai voltar às urnas. É a terceira eleição consecutiva em menos de um ano

Abir Sultan / EPA

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel

Israel vai ter o terceiro ato eleitoral consecutivo em menos de um ano, estancado num bloqueio político e com um primeiro-ministro acusado de corrupção.

Ao terminar à meia-noite de quarta-feira o prazo do Parlamento para eleger sem êxito um candidato a formar Governo, a Câmara é dissolvida e a convocatória de eleições automática, as quais deverão ser realizadas no prazo de 60 dias.

Os deputados continuam a debater, passada a meia-noite, uma lei acordada entre o partido Likud e a formação Azul e Branco e aprovada em primeira leitura para definir o dia 2 de março como a data da eleição e evitar que o dia coincida com os feriados judaicos.

A votação final está prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feora.

Após as eleições de setembro, Benjamin Netanyahu foi o primeiro a não formar um Governo, seguido do seu rival centrista, Beny Gantz, e o Knéset (Parlamento) teve uma última tentativa para designar um candidato e evitar assim a repetição do ato eleitoral.

Netanyahu e Gantz voltaram esta quarta-feira a acusar-se mutuamente pelo bloqueio político que o país vive desde as eleições de abril, com uma câmara sem maioria de blocos, composição que se voltou a repetir após as eleições de setembro.

As últimas sondagens apontam para resultados semelhantes aos das eleições de setembro, com maior vantagem em número de deputados para a coligação Azul e Branco (37) sobre o Likud (32). O Likud aprovou esta quarta-feira a realização das primárias para o próximo 26 de dezembro, o que poderá desafiar a liderança de Netanyahu e impedi-lo de ser cabeça de lista nas próximas eleições.

Além disso, a questão legal de saber se Netanyahu pode ser encarregado de formar governo está prestes a ser esclarecida, uma vez que esta é a primeira vez em Israel que um primeiro-ministro é acusado enquanto está no cargo.

ZAP // Lusa

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