É a primeira vez que um alto funcionário israelita confirma o papel do país no assassinato do general iraniano Qassem Soleimani.
Israel esteve envolvido no assassinato de Qassem Soleimani, comandante da Força Quds, uma unidade especial dos Guardas da Revolução, escreve o The Jerusalem Post.
A confirmação surgiu na segunda-feira pelo general Tamir Hayman, antigo chefe da Inteligência Militar das Forças de Defesa de Israel, as IDF. “A morte de Soleimani foi uma conquista, dado que nosso principal inimigo são os iranianos”, afirmou Hayman numa entrevista à revista Malam.
O alto funcionário salientou que a morte do general iraniano foi “um dos dois importantes assassinatos” conduzidos durante o seu mandato, referindo-se também à execução se Bahaa Abu al-Ata, chefe militar da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza.
Qassem Soleimani foi morto em janeiro de 2020 num ataque aéreo ao aeroporto de Bagdad, capital do Iraque, que também visou o número dois da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no país, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi].
O general era uma das figuras militares mais proeminentes do Irão. Sob o seu comando, milhares de combatentes das milícias xiitas foram destacados para a região, incluindo ao longo da fronteira norte de Israel.
Já circulavam há algum tempo rumores de que Israel havia partilhado informações sobre a localização de Soleimani com os Estados Unidos, mas esta foi a primeira vez que um alto oficial militar israelita confirmou o papel do país na operação.
Em julho do ano passado, o Irão executou um homem condenado por espionagem ao serviço dos Estados Unidos e de Israel.
Mahmoud Moussavi Majd foi acusado de ter fornecido informações aos dois países sobre as deslocações do general Soleimani.